Redação SI 30/02/2004 – 05h40 – O verde da soja predomina nas lavouras de verão do Rio Grande do Sul que ocupa 3,8 milhões de hectares no Estado.
Os próximos dias vão exigir muita atenção dos produtores de soja do Estado. É necessário fazer o controle das plantas invasoras.
O controle da soja convencional é feito utilizando um conjunto de herbicidas. No caso da soja transgênica, os produtos são substituídos por um único chamado glifosato, isso porque a soja modificada tem um gene que confere resistência a esse herbicida.
Quando o glifosato é aplicado, tudo morre, mesmo a soja transgênica. Como a liberação do plantio de soja geneticamente modificada no país é recente, ainda não há autorização do Ministério para a aplicação do glifosato na soja crescida.
Uma vez que agora é época de fazer o manejo com o herbicida, os agricultores estão aplicando o produto mesmo sem registro do governo federal.
“Se não houver o glifosato não há como plantar transgênica. A economia e a facilidade da aplicação estão no glifosato”, diz um produtor que quis se identificar.
Conversamos ontem com a Anvisa e com o Ibama. Ambos disseram que já emitiram parecer favorável ao uso do glifosato na soja pós-emergente, mas os documentos ainda não chegaram ao Ministério da Agricultura.
Segundo o coordenador de fiscalização de agrotóxicos, Júlio Sérgio de Brito, assim que os documentos chegarem, o glifosato será registrado e liberado.