Redação AI 04/02/2004 – 17h30 – No dia 19 de novembro de 2003, o site americano Fosters/Citizen Online publicou em sua seção Notícias Regionais uma nota sobre o Maine Biological Labs. No dia 11 de dezembro de 2003, o site Avicultura Industrial publicou a tradução da nota, que já havia tido repercussão internacional, porém com uma interpretação incorreta dos fatos.
Neste caso, o Avicultura Industrial abre espaço, solicitado por uma companhia brasileira, para esclarecer o real conteúdo da notícia, por meio da publicação da tradução juramentada da referida nota, feita pelo Tradutor Público e Intérprete Comercial, Carlos Balanino, que foi contratado pela companhia para elucidar o mal-entendido.
Segue a íntegra da tradução juramentada:
“Duas confissões de culpa no esquema de contrabando de vírus de frango
Dois funcionários do laboratório estão aguardando sentença após confissão de culpa em um esquema, no qual um vírus de frango foi ilegalmente contrabandeado para o país para que sua companhia pudesse produzir uma vacina.
Walter Gogan, 63, enfrenta 21/2 anos de prisão e Peggy Lancaster, 47, enfrenta até um ano de prisão, disse na terça-feira, Toby Dilworth, Assistente da Promotoria dos EUA.
Gogan confessou-se culpado segunda-feira de ser um partícipe no contrabando do vírus para o país e Lancaster confessou-se culpado de orientar funcionários a colocarem rótulos incorretos em vacinas.
Dilworth disse que o vírus contrabandeado da Arábia Saudita poderia ter sido destrutivo se escapasse acidentalmente.
“Se essa gripe avicular tivesse infectado um bando de frangos, poderia ter havido enormes consequências econômicas para os granjeiros aflitos, e para a indústria em geral”, disse Dilworth.
Outras pessoas deverão ser acusadas no caso contra a companhia Maine Biological Labs em Winslow, disse ele.
O esquema começou quando a companhia concordou em produzir uma vacina contra gripe avicular para um cliente da Arábia Saudita. Para fabricar a vacina, uma amostra do vírus foi contrabandeada para o país, disse Dilworth.
Como gerente de produção, Gogan supervisionou a produção da vacina do inverno de 1998 até o verão de 1999, de acordo com documentos do tribunal. O Maine Biological Labs recebeu $ 850.000 pela vacina.
No outono de 1999, Gogan ordenou a retirada de todas as vacinas após ter sido informado de qua a companhia tinha recebido uma carta de um órgão do governo, de acordo com os documentos. Registros também foram destruídos.
De sua parte, Lancaster admitiu ter alterado rótulos de frascos da vacina para que pudessem ser importados por países onde não fossem registrados ou pudessem ser importados a custo mais baixo pelo comprador, disse Dilworth.
Dilworth disse que a companhia ainda está em atividade mas sob nova administração. “Não acreditamos que esses tipos de práticas estejam em andamento”, disse ele.”
Veja a Tradução Juramentada
Veja a nota original em inglês