Redação AI 15/07/2004 – 08h56 – A União Brasileira de Avicultura (UBA) pretende levar, dentro de 60 dias, ao Ministério da Agricultura (Mapa) um plano de estadualização da produção avícola no país. O objetivo do zoneamento é diminuir riscos de bloqueio às exportações brasileiras num eventual reaparecimento da newcastlle (último foco em Goiás, em 2001) ou ingresso da influenza aviária, o que afetaria a economia. O Brasil exporta para mais de cem países. O pré-projeto foi mostrado ontem no RS.
A proposta determina procedimentos de controle em caso de focos e disciplina o trânsito de aves entre estados. Segundo o vice-presidente Técnico Científico da UBA, Ariel Antônio Mendes, pelas regras em estudo, seria permitido apenas circulação de animais abatidos, com atestado negativo para doenças do grupo A. As medidas criariam condições para que restrições sanitárias de outros países se limitassem ao Estado de ocorrência do problema, preservando os demais.
O presidente da UBA, Zoé d`Avila, frisa que a proposta é preventiva e avalia a extensão do país como um dos fatores que a tornam necessária. A idéia de dividir o território em áreas está descartada. Mendes explica que, como 81% das exportações saem da Região Sul, em caso de foco os três estados não poderiam comercializar.
Notícias Relacionadas
A regionalização traria ainda mais confiabilidade e tranqüilidade a exportadores e importadores nesses tempos de guerra comercial, pondera o presidente da Asgav, Aristides Vogt. O plano está sendo discutido nos estados e para ser implantado precisa aprovação do Mapa e da Organização Internacional de Epizootias (OIE). O secretário da Agricultura, Odacir Klein, considera o projeto salutar, mas aponta algumas dificuldades como, por exemplo, o fato de diversas indústrias terem integradoras em mais de um estado. O Departamento de Produção Animal estuda o assunto.
