Redação SI 17/08/2004 – 06h20 – Os suinocultores, que resistiram aos 18 meses de crise em 2002 e 2003, começam a ganhar dinheiro neste semestre. Ontem, o preço do quilo de suíno vivo pago ao produtor subiu de R$ 2,15 para R$ 2,20, com bônus por tipificação de carcaça chega a R$ 2,37.
Nos últimos seis meses, o reajuste acumulado chega a 30%, num aumento de R$ 0,50 por quilo. O presidente do Núcleo de Criadores de Suínos de Chapecó, Alcides Orso, esclareceu que não dá para afirmar que o suinocultor está recuperando as perdas da crise.
“Além da melhor remuneração, o custo de produção caiu”, disse.
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O presidente da Cooperativa Central Aurora, José Zeferino Pedrozo, disse que a suinocultura vive um dos melhores patamares de preço dos últimos anos.
Para o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, o momento é tão bom que chega a ser preocupante. Ele teme um excesso de euforia dos criadores, que podem aumentar os plantéis desenfreadamente, causando uma nova crise.
Mercado externo impulsiona retomada
O analista de mercado do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), Jurandi Machado, atribui o bom momento às exportações e a menor oferta de suínos.
O criador Mauro Michelon contou que cerca de 100 produtores da região de Vargeão, em Chapecó, abandonaram a atividade. Seu antigo patrão, que tinha 300 matrizes, parou a produção. Mas a recuperação do setor garantiu-lhe um novo emprego no setor.
