Redação AI 01/10/2004 – A Associação Sergipana de Avicultura (ASDA) está tentando fechar um contrato com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para incentivar o plantio de sorgo na safra 2004/05. Além disso, a associação Pelo contrato, a ASDA se compromete a adquirir todo o sorgo produzido em Sergipe ao preço do dia de mercado, ou pelo preço mínimo do governo federal, o que for maior. Em contrapartida, a Emdagro forneceria as sementes para os produtores interessados em investir na cultura.
De acordo com o presidente da ASDA, Alfredo Cabral, o sorgo é uma cultura nova no Estado e por isso ainda encontra muita resistência dos produtores. “O sertanejo não gosta de plantar aquilo que ele não pode comer, pois não sabe se vai conseguir comercializar essa produção”, explica Cabral, ressaltando que a assinatura do contrato com a Emdagro eliminaria esse problema.
O presidente da ASDA acredita que o sorgo é uma excelente opção para os produtores de Sergipe. “A cultura do sorgo é menos exigente e por isso resiste bem às nossas condições”, explica. Segundo Cabral, os grãos adquiridos pela associação na safra 2005 seriam utilizados na produção de ração. A ASDA tem cerca de 60 filiados e atualmente compra o sorgo produzido em outros Estados, como Goiás e Bahia.
A Embrapa pesquisa a cultura no Estado a aproximadamente de três anos na unidade de Tabuleiros Costeiros, em Aracaju (SE). Segundo o supervisor da Área de Negócios e Transferência da unidade, Edson Patto Pacheco, atualmente estão sendo avaliadas cerca de 30 variedades e híbridos de sorgo granífero e forrageiro no Campo Experimental Jorge do Prado Sobral, em Nossa Senhora das Dores (SE).
O sorgo é uma planta originária da região que compreende a Etiópia e o Sudão, na África. Por isso, ele é bastante resistente à condições climáticas adversas, como calor e falta de água. Suas principais aplicações são na fabricação de farinhas e como alimentação animal.