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Avicultores cobram incentivos

Representantes do setor avícola apresentaram ontem ao vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, e ao secretário da Indústria e Comércio, Luis Mussi, o Programa de Modernização da Avicultura do Paraná.

Redação AI 19/10/2004 – Representantes do setor avícola apresentaram ontem ao vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, e ao secretário da Indústria e Comércio, Luis Mussi, o Programa de Modernização da Avicultura do Paraná. O programa, discutido na sede da Federação da Agricultura (Faep), visa adequar as condições de pagamento do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro), operado pelo BNDES, às mesmas do Prodecoop, voltado às cooperativas. Com a medida, o setor espera tratamento igual a todos os produtores de frango do Paraná.

Os avicultores propõem um financiamento de R$ 600 milhões. Cada produtor teria um crédito de R$ 200 mil. Os juros anuais ficariam em 8,75% ao ano com um plano de pagamento total de 12 anos, sendo três anos de carência. A linha de crédito atenderia cerca de três mil produtores, beneficiando cerca de 12 mil pessoas.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiaviapar), Domingos Martins, os recursos vão gerar um efeito multiplicador no comércio, serviços e indústria. “Haveria a manutenção dos empregos diretos e a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de diversos municípios no Norte Central, Norte Pioneiro e Noroeste do Estado”, afirma. “O que queremos do governo é um aval para modernizarmos os aviários para competirmos em escala no mercado internacional”, acrescenta. 

Renda 

Segundo os representantes da Unifrango Agroindustrial de Alimentos Ltda, entidade participante no encontro e que congrega 20 empresas avicultoras no Estado, a medida traria um aumento direto na renda média do produtor, que é de R$ 7 mil ao ano, para R$ 26 mil. Eles também querem que o BNDES altere as condições de financiamento do Prodeagro para a avicultura do Paraná ou crie um programa de desenvolvimento específico para o Estado.

Para o vice-governador e secretário Orlando Pessuti, a questão avícola é de grande importância para a manutenção da mão-de-obra e do homem no campo. “Tenho percorrido todo o Estado e tenho visto os enormes projetos de expansão nas cooperativas, mas o governo espera que as ações sejam desenvolvidas para todo o Paraná e não apenas beneficie as regiões já estruturadas”, esclareceu.

O secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Luis Mussi, também defende que a união de produtores independentes como a Unifrango deva agregar forças para o aumento da produtividade, mas ressalva a necessidade de um olhar pelo lado social. “Não há interesse para o governo, no ponto de vista ambiental e de sanidade das avícolas, uma expansão sem uma adequação e equilíbrio de desenvolvimento para as regiões que mais precisam”, destacou.