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Anos 90

A suinocultura industrial brasileira na década de 90 ficou marcada pelo desenvolvimento do conceito de biossegurança, da genética molecular, da inseminação artificial e pela ampliação das exportações de carne suína.

Redação SI 19/10/2004 – O diretor Superintendente da Agroceres PIC, Fernando Pereira, faz uma síntese exclusiva sobre a suinocultura industrial brasileira na década de 90. Confira as principais transformações do setor neste período apontadas por ele.

“O início dos anos 90 foi marcado por discussões de novos modelos de sistemas de produção, objetivando melhoria de eficiência e melhor biossegurança, uma vez que muitas granjas grandes já existiam ou estavam sendo planejadas. Foi o chamado múltiplos sítios de produção, cuja influência veio principalmente dos modelos implantados nos Estados Unidos. O início desta década foi também um marco do uso da genética qualitativa (genética molecular) no melhoramento genético de suínos. Isto porque foi desenvolvido, no Canadá, o primeiro marcador genético, um teste de DNA para identificação do chamado gene halotano, que nos suínos é responsável por melhor conformação e maior porcentagem de carne na carcaça, mas também por uma maior incidência de morte súbita e de carne com problema de PSE.

A segunda metade dos anos 90 foi caracterizada por uma forte expansão da produção brasileira de suínos, bem como por um crescimento expressivo do consumo per capita de carne suína, fruto de uma melhor estruturação da cadeia e de divulgações dos benefícios da carne suína e quebra de mitos que restringiam seu consumo.

Também na segunda metade desta década, há que se destacar a grande expansão do uso da Inseminação Artificial na suinocultura brasileira. Certamente, um dos maiores benefícios desta técnica foi possibilitar o uso intensivo de reprodutores de alto valor genético, multiplicando assim os benefícios econômicos para toda a cadeia da carne suína. O final dos anos 90 ainda foi marcado pelo início da expansão das exportações de carne suína brasileira e foi neste período que os exportadores brasileiros se estruturaram e definiram como prioridade o mercado externo”.