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Preço do suíno cai ainda mais

Embargo russo completa um mês e não há solução à vista.

Redação SI 22/10/2004 – O embargo russo às carnes brasileiras completa um mês, trazendo mais prejuízos para a cadeia produtiva catarinense. A cotação do suíno vivo para o criador integrado aos frigoríficos caiu mais R$ 0,05 e estacionou em R$ 2,20. É mais um reflexo negativo da maior barreira internacional sofrida pelos produtos brasileiros em 2004.

As perdas acumuladas pelos suinocultores nos últimos 30 dias totalizam 6,8% ou R$ 0,15. Mesmo assim, o presidente da Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral), José Zeferino Pedrozo, disse que a atual cotação ainda remunera o criador integrado com resultado positivo. “O preço atual deve permanecer até o final do ano, pois os pedidos de carnes aumentam no mercado interno com a proximidade do Natal”, disse Pedrozo.

O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, acredita que a retomada das exportações para a Rússia só deve se normalizar novamente em fevereiro de 2005. “Mas isso não pode ser usado como pretexto para se baixar o preço do suíno no Brasil. Se a cotação cair mais, é má fé das agroindústrias.”

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Clair Dariva, diz que apesar da queda da remuneração, o suinocultor catarinense ainda consegue manter uma margem de lucro proporcionada pelos 8% proporcionados com a tipificação das carcaças. “Outro fator que ameniza as perdas é a redução do valor da soja e do milho usados na alimentação animal”, observou.