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Ovos

Ceará expande comercialização no mercado interno.

Redação 28/10/2004 – Nos últimos 12 meses, o Ceará passou a vender ovos para outros mercados brasileiros, expandindo a comercialização do produto. A mudança deu novo alento aos empresários do setor, que passaram a ter nas vendas mais uma perspectiva de crescimento. Atualmente, o Estado possui uma produção diária de 2,5 milhões de ovos. Desse total, está comercializando cerca de 10% para estados nordestinos como o Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba. A intenção é continuar nesse caminho, e até, como disse o secretário executivo da Associação Cearense de Avicultura (Aceav), Sebastião Gomes de Medeiro Neto, ampliar a participação nesse filão.

Os produtores acreditam que a venda de ovos para outros estados tanto está relacionada com os investimentos que vêm fazendo na área, com a qualidade do produto, com a capacidade de produção, como, principalmente, com o aumento do consumo de ovos no País. Nos últimos anos, comenta Medeiro Neto, houve uma baixa nas vendas devido às pesquisas colocando o ovo como um perigo para a saúde. Entretanto, esse mito não tem comprovação científica, e o consumo volta a crescer.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem reconhecendo estudos que comprovam não haver correlação entre o consumo de ovos e as doenças cardíacas. Acusado de ser um dos principais inimigos do coração durante décadas, o ovo vem sendo apresentado pelos cientistas como alimento rico e saudável. Numa época em que o consumidor tem apostado nos alimentos que ingere como forma de conseguir saúde, o produto vem sendo considerado pela OMS como alimento de proteína padrão e de alto valor biológico. A sua composição é fonte de vitaminas A, D, E e K; vitaminas do complexo B (incluindo a B12); e minerais (ferro, fósforo, manganês, potássio e sódio). Por isso mesmo que uma das metas dos avicultores cearenses é tentar sensibilizar os novos prefeitos eleitos em 2004 para colocarem o ovo na merenda escolar já para 2005.

O objetivo é aumentar o consumo “per capita” do País atualmente em 120 ovos ano por habitante. O consumo brasileiro, lembra Neto, é o mais baixo da América do Sul. Em países como Argentina, Peru e Chile, por exemplo, fica acima de 160 ovos.