Da Redação 06/12/2004 – A comercialização de sementes para a safrinha de milho está em ritmo 20% menor que o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Paulista dos Produtores de Sementes e Mudas (APPS), entidade que representa as indústrias de milho do país.
Segundo Cássio Camargo, secretário-executivo da APPS, o recuo dos preços do grão está desestimulando o plantio, o que poderá afetar a oferta para o próximo ano. A APPS estima que a área plantada para a safra 2004/05 está 8% menor. Cerca de 70% do plantio de milho da safra de verão foi concluído. “O planejamento de intenção de plantio para safrinha está em ritmo desacelerado.”
Segundo Daniel Glat, diretor executivo da Pioneer, faltam instrumentos de comercialização eficientes – por parte do setor privado e do governo – para estimular o aumento da produção. “Vamos marcar uma reunião com o governo para discutir a implantação de contratos de opção de compra para milho, agilização da liberação de recursos para o custeio da safrinha”, disse.
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A APPS pretende sugerir que o governo lance contratos de opção, com vencimento para agosto e setembro de 2005, com preços de garantia de R$ 17 a R$ 18 por saca de 60 quilos no Paraná, de R$ 12 a R$ 13, no Mato Grosso, e de R$ 14 a R$ 15 em Goiás.
Para Paulo Cau, gerente de negócios milho e sorgo da Agroceres, do grupo Monsanto, falta uma política comercial eficiente também do setor privado para a aquisição antecipada do grão. Cau afirmou que os frigoríficos já foram alertados neste ano sobre uma possível falta da matéria-prima, por conta dos preços pouco atraentes para o milho. Segundo ele, essas indústrias deveriam firmar contratos de compra antecipada para garantir o suprimento do grão.
