Redação AI 17/12/2004 – Em palestra pelo X Encontro de Qualidade Industrial da Asgav, MAPA e SAA/RS, realizado no Hotel Deville, em Porto Alegre/RS, a coordenadora do Plano Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Lúcia Stephan, que substituiu ao diretor do MAPA, Jorge Caetano, disse ontem (15/12) que uma das metas do governo é o de iniciar o monitoramento de criações de aves de subsistência em 2005.
“Já implementados a primeira e segunda do programa e agora estamos partindo para a terceira, a qual inclui uma vigilância e controle efetivo da venda de aves avulsas e vivas de alguns estados do Nordeste”, explica.
Conforme Ana Lúcia, o governo conseguiu comprovar através de um monitoramento de aves migratórias nos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste que o Brasil tem seu plantel de frangos de corte, matrizes e postura livres da doença de Newcastle. Para a influenza aviária os estudos mostraram que a doença é exótica no Brasil.
Entretanto, questionou o fato da vigilância passiva, a qual cabe a universidades, indústrias e até mesmo a universidades não ter trazido nenhum caso suspeito de doenças como Newcastle e Influenza Aviária. “Não há como fazer um plano eficaz sem que haja a união de todos”.
Ana Lúcia sugere que toda a cadeia avícola entre em contato imediato com as autoridades sanitárias se perceber modificações nas granjas relacionadas a mortes de 10% dos lotes em uma semana, se houver uma redução superior a 20% do normal ou se houver qualquer sintoma de doenças como Newcastle ou Influenza Aviária.
Entre outras metas a serem adotadas pelo PNSA a partir de 2005, a palestrante sugere que todos os estados implantem o programa, pela necessidade de restringir o trânsito de aves e de certificar as granjas avícolas de todo o Brasil.
“É preciso que se faça um credenciamento dos médicos veterinários, algo que a União Européia cobrou na última missão, para que se possa auditar se os profissionais estão mesmo indo a campo”, comenta.
Ana Lúcia afirma ainda ser necessária uma revisão da legislação no que tange ao controle maior para aves comerciais (corte e postura), aves de reprodução, ratitas e salmonelas e micoplasmas.