Da Redação 09/01/2003 – Depois de comemorar um avanço de 8% nas vendas de sua linha de carnes para as festas de fim de ano, ante uma expectativa de crescer apenas 6%, a Seara Alimentos confirma uma ””avalanche”” de lançamentos ao longo de 2003.
No total, serão 27 produtos, número idêntico ao programado pela concorrente Perdigão Agroindustrial.
Acompanhando a tendência atual da indústria de alimentos nacional de colocar no mercado produtos com maior valor agregado, a Seara pretende ampliar as linhas de congelados, empanados e embutidos.
Para isso, pretende investir cerca de R$ 8 milhões apenas em campanhas de marketing para divulgar os produtos.
No ano passado, a Seara investiu cerca de R$ 50 milhões destinados ao desenvolvimento e marketing de novos produtos.
“Vamos lançar produtos diferenciados, agregando valor às linhas já existentes”, afirma o diretor de marketing e vendas da empresa, Paulo Tramontini.
Atualmente, a linha de produtos Seara destinada ao mercado interno é composta por 125 itens.
Produtos sazonais
O reforço em ações de marketing e também o fato de as carnes suínas voltadas para as festas de final de ano chegarem às gôndolas com preços inferiores aos das aves foram os principais trunfos da Seara na superação das metas com a venda de produtos sazonais.O lombo suíno foi a grande vedete das vendas de final de ano. A comercialização do produto foi 80% superior ao volume registrado pelos demais produtos da linha festas, segundo Tramontini. A linha festas da Seara é composta por: Lombo Temperado, Pernil Temperado sem Osso, Tenro Bolinha, Tender Bolinha, Tender sem Osso, além de Ave Classy e Tender Bolinha de Frango.
Exportações
Apesar dos esforços para o mercado interno até setembro do ano passado, as exportações -atividade que faz da Seara a líder em suínos – respondiam por cerca de 70% do faturamento da companhia, que foi de R$ 1,2 bilhão nos nove primeiros meses de 2001.
Nos nove primeiros meses de 2002, o lucro líquido da Seara era de aproximadamente R$ 44,1 milhões, valor 33% inferior ao registrado em igual período do ano anterior.
A queda na receita da companhia ocorreu em função da desvalorização cambial ocorrida no ano passado, que elevou os custos com insumos.
Além disso, o setor registrou queda nas cotações internacionais das carnes de frangos e suínos.
Até setembro de 2002, o endividamento girava em torno de R$ 493,5 milhões, montante que representa 145% do patrimônio da empresa. A Seara, que ainda não encerrou o balanço de 2002, não revela o volume de produtos comercializado ao longo do terceiro trimestre do ano passado.
No acumulado dos primeiros nove meses de 2002, as vendas totais atingiram 430 mil toneladas, 16% mais que o registrado em igual período de 2001.
Atualmente, a Seara detém 5,5% do mercado de alimentos industrializados.
Acompanhando a tendência atual da indústria alimentícia, os lançamentos terão maior valor agregado final.