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Produtores procuram o milho úmido

Como alternativa para abastecer e baixar os custos da atividade, suinocultores de Seara (SC) estão optando pelo milho úmido.

Redação SI 04/02/2003 – Criadores de suínos de Seara, em Santa Catarina, estão buscando o milho ainda úmido nas lavouras para alimentar os animais. A região enfrenta graves problemas, desde o ano passado, por causa da falta do grão. Segundo a Secretaria de Agricultura, cerca de 90% do milho consumido em Seara é importado de outros municípios. Como o preço da saca do milho aumentou muito nos últimos meses, ficou muito caro para os produtores independentes se manterem na atividade.

Seara produz um pouco mais de uma área de 9 mil e 500 hectares de lavoura de milho e isso representa só 15% do volume total de milho que é consumido somente pelo plantão suinícola do município, diz o agrônomo Renato Tumelero. Para tentar diminuir os custos com a ração, agricultores da região estão indo comprar o milho ainda úmido direto da lavoura. Sem passar pela secagem os grãos ficam com 30% de umidade, o dobro do normal. O produtor explica que o grão úmido não pode ser armazenado e que por isso é preciso buscar o milho na lavoura todos os dias.

O agricultor Moacir Tedesco conseguiu reduzir 30% o custo de produção. Mas mesmo assim precisou eliminar o plantel de 7 mil suínos pela metade. “É a alternativa que a gente tenta encontrar para viabilizar a produção para tentar se manter mesmo que não seja a solução total dos problemas que, hoje, a suinocultura tem, mas é uma forma que a gente tem de não fechar, diz Moacir Tedesco.