Redação SI 05/03/2003 – Hoje ninguém mais discute as qualidades do suíno híbrido, mas a iniciativa da Agroceres PIC em produzir este tipo de animal no final da década de 70 sofreu forte resistência dos produtores, que inicialmente não aceitavam a mudança.
O produtor não se entusiasmou com a chegada dos primeiros suínos da empresa britânica Pig Improvement Company (PIC) ao Brasil em 1978. Muito pelo contrário. Olhou aquelas importações com desconfiança e até medo. Os animais, reprodutores e matrizes, vinham para povoar a Granja Núcleo da Agroceres em Patos de Minas (MG), dando início ao projeto de se produzir suínos híbridos no País. Informações indicando maior produtividade de carne magra e melhor prolificidade das fêmeas pareciam não animar boa parte dos produtores brasileiros, que viam com apreensão o projeto. Havia uma resistência pelo desconhecido, o que é natural porque era algo inovador na época, comenta Fernando Antonio Pereira, diretor superintendente da Agroceres PIC.
A revista Suinocultura Industrial, com 25 anos de história, acompanhou o início do desenvolvimento genético suíno no País. Nos anos 70, ninguém apostava no sucesso do trabalho e na qualidade do animal híbrido. Confira como foi este processo na pesquisa realizada pelo jornalista Humberto Luís Marques, na edição de Jan/Fev de 1979, e entrevista com Fernando Pereira, diretor superintendente da Agroceres PIC, na seção Retrospectiva, do próximo número da revista.