A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) assinou recentemente um memorando de entendimento com o Center for International Economic and Technological Cooperation (CIETC), uma entidade governamental chinesa responsável pela cooperação econômica e tecnológica, e a China Photovoltaic Industry Association (CPIA), a associação nacional do setor solar fotovoltaico chinês. O objetivo dessa parceria, que foi estabelecida durante o SNEC 2023, a maior feira de energia solar do mundo realizada em Xangai, China, é impulsionar o desenvolvimento dos mercados de energia solar no Brasil e na China, atraindo novos investimentos, gerando empregos, renda e oportunidades de negócios no setor.
Com o intuito de fortalecer os laços comerciais e compartilhar conhecimentos, as três organizações planejam realizar anualmente o China-Brazil Solar PV Industry Exchange Forum, um evento conjunto. No próximo ano, o Brasil será o anfitrião dessa iniciativa estratégica internacional com o maior parceiro comercial do setor solar brasileiro.
A ABSOLAR acredita que esse acordo tem o potencial de impulsionar a transição energética e a reindustrialização do Brasil por meio da energia solar fotovoltaica. Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, que integrou a missão brasileira à China, comenta: “Com a energia solar, podemos tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa, renovável e acessível a todas as camadas da população em pouco tempo. Portanto, acelerar essa transição energética a partir de fontes limpas e renováveis é atualmente uma das medidas mais efetivas para promover a reindustrialização do país.”
Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, destaca o compromisso da entidade em colaborar com as entidades chinesas para fortalecer o comércio bilateral, atrair novos investimentos internacionais e gerar empregos de qualidade. Ele afirma que o acordo fortalece ainda mais as relações entre Brasil e China, trazendo inúmeras oportunidades para os mercados dos dois países e promovendo um crescimento mutuamente benéfico em termos de desenvolvimento social, econômico e ambiental.
No Brasil, a energia solar fotovoltaica acaba de ultrapassar a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada, incluindo usinas de grande porte e sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Isso equivale a 13,7% da matriz elétrica do país. Desde 2012, a energia solar trouxe mais de R$ 150,7 bilhões em novos investimentos ao Brasil, gerou mais de R$ 45,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e criou mais de 911,4 mil empregos. Além disso, contribuiu para evitar a emissão de 38,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.