Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Secretaria de Agricultura interdita 117 granjas em Bastos (SP)

Medida foi tomada por causa de surto de Laringotraqueíte Infecciosa.

Redação AI 05/10/2003 – 12h22 – A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo determinou a interdição de todas as granjas voltadas à avicultura na região de Bastos e Tupã. Apenas em Bastos, cidade conhecida como a “capital do ovo”, a interdição atinge 117 granjas. Em Tupã são 13. A determinação atinge ainda dez granjas de Parapuã, dez de Iacri, nove de Osvaldo Cruz e oito de Herculândia. A determinação foi publicada na quarta-feira (01) Diário Oficial do Estado. A interdição foi determinada por causa de um surto de Laringotraqueíte Infecciosa na região de Bastos.

Além da interdição, estão previstas a vacinação das aves e a criação de um bolsão geográfico. O programa de biosseguridade atingirá as granjas de aves de cria, onde se encontram aves na faixa etária de um dia a seis semanas; as granjas de aves de recria, com aves na faixa etária de sete a 17 semanas; as granjas de aves de produção, onde se encontram aves de 18 a 90 semanas; e a muda forçada, que é o procedimento no qual se pratica a restrição de alimentos em aves adultas, com a finalidade de se obter aumento na produção de ovos. A interdição será suspensa apenas quanto cessar a suspeita sobre a presença da doença.

De acordo com a Secretaria de Agricultura, durante a período de interdição, os veículos transportadores de aves e insumos avícolas deverão ser lavados e desinfetados com produtos indicados pelo serviço oficial. A saída de excretas produzidos no bolsão deverão ser previamente submetidas ao processo de descontaminação na própria granja.

Os excrementos deverão ser amontoados, umidificados e cobertos com lona plástica, por um período mínimo de sete dias, sendo todo processo acompanhado pelo serviço oficial, para posterior liberação. Também estará proibido o egresso e o ingresso de aves no bolsão, com exceção das de cria e recria para reposição dos plantéis, que dependerá de prévia autorização do serviço oficial, conforme estabelecido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária

Vacinação

Ainda de acordo com as medidas, as aves de recria referidas deverão ser vacinadas quando ingressarem no bolsão, no momento em que o serviço oficial estabelecer a vacinação compulsória. Também estará proibida a vacinação de aves contra a Laringotraqueíte Infecciosa em todo território do Estado de São Paulo, que só deverá ser realizada na área do bolsão, onde todas as aves deverão ser vacinadas contra a doença.

As aves que forem vacinadas contra a doença fora do bolsão serão apreendidas, sacrificadas, incineradas e enterradas em local estabelecido pelo serviço oficial, obedecendo ao Decreto 45781-01, que regulamenta a Lei n 10.670, de 24 de outubro de 2000, sem prejuízo das demais sanções pertinentes à espécie, devendo ser seguido o mesmo procedimento para as aves que vierem a óbito dentro do bolsão. Nos municípios do bolsão será obrigatória a vacinação de todas as aves de um dia (de reposição), de cria, de recria e de produção.

A região em números

A região de Bastos conta com aproximadamente 13 milhões de aves de postura, 3 milhões de aves de recria (de 7 a 17 semanas de idade) e 1 milhão de aves de cria (de 1 dia a 6 semanas de idade). Os números da região contribuem para que a avicultura ocupe o 2 lugar no Agronegócio Paulista, gerando 400.000 empregos em toda a cadeia produtiva.