Redação SI 03/06/2002 – No Paraná, a coleta de dados para a elaboração de um diagnóstico sobre as diferentes formas de identificação de suínos já começaram. “Essas informações subsidiarão o grupo de trabalho constituído pelo Ministério da Agricultura para criar, até o final do ano, o Sistema Único de Identificação de Suínos e facilitar a rastreabilidade dos rebanhos”, explica o coordenador da área de Sanidade Animal da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, veterinário Felisberto Baptista, que faz parte do grupo de estudos.
De acordo com Baptista, a diversidade de marcas dificulta a rastreabilidade. “Hoje são utilizadas marcas diferentes nas diversas fases da criação dos animais até mesmo dentro de um mesmo município”, relata. As soluções praticadas variam desde um pique na orelha, tatuagem no pernil até identificação numérica – qualquer uma delas a critério dos criadores, que são especializados nas diferentes fases de desenvolvimento dos animais.
A primeira proposta de padronização será entregue ao Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura até 15 de julho. A criação do Sistema Único de Identificação de Suínos está prevista no Programa Nacional de Sanidade Suína, do qual fazem parte os 14 estados pertencentes à Zona Livre de Peste Suína Clássica: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Tocantins.
A área destes estados totaliza 4,5 milhões de quilômetros quadrados (51,7% do território nacional), em 3.906 municípios, onde se encontram 377.819 propriedades rurais. Juntas, as propriedades somam 22 milhões de cabeças, o que representa 87% das matrizes e 78% do rebanho suíno do País. A cadeia produtiva gera em torno de 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos e movimenta mais de US$ 8 bilhões. O Paraná tem o segundo maior rebanho, com 4,2 milhões de animais. O primeiro é Santa Catarina, com 4,7 milhões.