Redação SI 18/07/2002 – A cisticercose é um problema que merece esclarecimentos à população. Tais esclarecimentos estão na proposta a ser entregue pela Gestoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (GIPOA) do órgão à Secretaria de Estado de Saúde e demais secretarias municipais.
Delegacia Federal de Agricultura (DFA/MS) e o Iagro, por meio da Inspeção Sanitária, verificam a existência de cisticercos (vivos ou calcificados) em músculos e vísceras de animais abatidos nos frigoríficos. No momento em que o parasita é detectado a carcaça é condenada, ou passa por tratamento. A ocorrência é preocupante.
Os municípios cuja ocorrência de cisticercose é mais acentuada são: Nova Andradina, Batayporã, Ivinhema e Anaurilândia. Nestes locais existem acampamentos de barracas de assentados, sem condições de higiene, e elevado número de bóias-frias que, sem as devidas condições de higiene e pela necessidade, podem defecar em áreas de pastos, sem saber que estão transmitindo a doença para os animais.
Nestas regiões, os órgãos de sanidade têm verificado a ocorrência de animais infectados na inspeção de carcaças em alguns frigoríficos. Por isso estão sendo compilados estes dados e o Iagro solicitará parceria com Fundação Nacional de Saúde, Secretaria de Estado, secretarias municipais e serviço de extensão rural para se chegar ao local de onde saiu o animal.
O cisticerco pode provocar a cisticercose neurocerebral, com sérios comprometimentos à saúde humana.