Redação AI 18/07/2002 – O alojamento de pintos de corte recuou 4,1% no mês de junho, para 313 milhões de cabeça, segundo dados preliminares da Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco). Em maio, o número de cabeças estava em 326,6 milhões. A queda reflete acordo entre os produtores, sobretudo os do Paraná, principal região criadora de aves, de reduzir o volume de pintos de corte em 8% em razão da maior oferta do mercado interno.
As projeções da Apinco para julho apontavam para um total de 319 milhões de cabeças, um aumento de 2% sobre o mês anterior. No entanto, ainda há uma expectativa de que o número caia em razão do acordo para regular a oferta interna.
A decisão de se reduzir a oferta de frangos no mercado interno é atribuída ao recuo das exportações brasileiras do produto. No início do ano, o setor projetava embarques 10% maiores em relação a 2001. Com o baixo desempenho nos primeiros meses do ano, as indústrias já falam em um recuo de 10% das exportações, segundo a Central de Informação Avícola (CIA), órgão vinculado à União Brasileira de Avicultura (UBA). O setor também atribui o baixo desempenho à queda do poder aquisitivo dos consumidores.
Segundo tais projeções, a CIA sugeriu ao setor avícola que a produção mensal de pintos de corte não ultrapasse 295 milhões de cabeças.
Com a queda do consumo e a maior oferta, os produtores de aves têm operado no vermelho desde março, diante dos preços de venda abaixo dos custos de produção. O quilo do frango vivo em São Paulo e no Paraná está sendo praticado a R$ 1, enquanto os custos oscilam entre R$ 1 e R$ 1,05.