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Suinocultores vão diminuir plantéis

Excesso de produção de suínos deprime os preços.

Redação SI 09/08/2002 – A redução em até 10% no plantel de matrizes é uma das alternativas para amenizar a crise que atinge a suinocultura gaúcha. A proposta manifestada ontem pelo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCD), Adão Braun, será apresentada hoje aos criadores na 29 edição do Dia do Porco, em Cerro Largo.

Segundo o dirigente, não há o que comemorar. O excesso de produção, explica, mantém ”represado” nas granjas um excedente de 200 mil suínos para abate, o que ajuda a manter deprimido o preço mínimo do produto. ”O estímulo foi forte e hoje e produzimos além da necessidade dos mercados interno e externo.” Na carta de reivindicações à União, resultante do encontro, o setor deverá pleitear o repasse de parte da verba oficial que será destinada aos frigoríficos para a formação de estoques reguladores. Também será proposto que as agroindústrias absorvam parcela do excedente. ”Atualmente, o suinocultor recebe até R$ 1,15 pelo quilo do suíno vivo, enquanto o custo de produção chega a R$ 1,35”, justifica Braun.

A redução dos valores cobrados à população pela carne suína, hoje até 300% superiores ao preço pago ao produtor; campanha para aumento do consumo interno; e o estabelecimento, pela União, de mecanismos de sustentação de preços, como, por exemplo, os contratos de opção utilizados para o milho, ainda devem integrar o documento final.

O presidente da Acsurs, Gilberto Moacir da Silva, vai propor maior disponibilidade de milho. Ao Estado, o setor solicitará a regularização do Pró-Produtividade. Participam o delegado federal da Agricultura no RS, Flavio Vaz Netto, e o presidente da Fepagro, Roberto Carbonera. Os dirigentes não secartam manifestações caso não haja soluções.