Parte teórica do curso de necropsia suína |
Redação SI 29/08/2002 –Mensalmente, muitas informações são perdidas nas granjas brasileiras com o simples descarte de animais mortos ou doentes. A falta do hábito de se realizar necropsias nestes animais tira a oportunidade de se obter dados para um diagnóstico preciso não só deste caso, mas do próprio plantel. “Infelizmente os produtores consideram análises laboratoriais e o sacrifício de animais para o diagnóstico como um custo, só que na verdade é o inverso, é um investimento, porque quando há informações, ocorrem menos enfermidades”, afirma o especialista em patologias suínas, Alberto Stephano.
O grupo acompanhou a necropsia realizada pelo veterinário e instrutor Alberto Stephano |
Consultor independente no México e nos Estados Unidos, ele esteve no Brasil na última sexta-feira (23) para ministrar um curso sobre o tema na sede da Embrapa Suínos e Aves em Concórdia (SC). O Curso Internacional de Patologias e Necropsia Suína, realizado pela Intervet e
Stephano explica as irregularidades encontradas nas carcaças |
organizado pela Embrapa e Consuitec, teve a participação de cerca de 30 técnicos e veterinários de empresas e cooperativas do setor agropecuário da região Sul. O Suinocultura Industrial acompanhou todo o curso.
O curso – De manhã, os participantes tiveram uma aula teórica. O professor Stephano explicou aos participantes que para um diagnóstico final não basta apenas a necropsia, já que as lesões podem ter diferentes causas. Antes é preciso um levantamento dos índices da granja e uma visita clínica as instalações, verificando água, alimentos e manejo. “O resultado desta análise irá identificar as causas e propor programas terapêuticos ou de correção de manejo”, disse.
Participantes do curso de necropsia em suínos |
Na parte prática, os alunos acompanharam uma autópsia realizada pelo professor. Depois os próprios alunos dividiram-se em grupos para realizarem as necropsias em animais enfermos. O curso terminou com as discussões sobre as lesões encontradas nos suínos.