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Como reduzir o impacto ambiental

A criação de suínos sobre cama promove a segurança alimentar, o bem-estar dos animais, a proteção ambiental e a produção sustentável.

Redação SI 30/08/2002 – As alternativas tecnológicas que reduzam o impacto ambiental da suinocultura foi o principal tema debatido ontem (29) no Estande da Integração. Técnicos e pesquisadores da Emater/RS e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul destacaram os sistemas de criação de suínos sobre cama e ao ar livre.

Segundo o assistente técnico estadual em suinocultura da Emater/RS, Henrique Bartels, diariamente, um suíno produz, em média, 8,6 litros de dejetos. Em sistemas convencionais de suinocultura esse volume passa por lagoas para redução da carga de poluentes, mas a prática tem se mostrado pouco eficiente.

A criação de suínos sobre cama promove a segurança alimentar, o bem-estar dos animais, a proteção ambiental e a produção sustentável. O sistema consiste em utilizar camas de 50 centímetros de palha, maravalha, cascas ou outros materiais para forrar as pocilgas. Depois, esse material pode ser utilizado na adubação das lavouras. “Dessa maneira, evitamos a incidência de moscas e borrachudos e reduzimos o odor, pois a matéria orgânica se mantém seca”, destaca Bartels.

O professor da Ufrgs, Marcelo Abreu da Silva, abordou a criação de suínos ao ar livre. Os animais são retidos por cercas eletrificadas, construídas a um custo menor que as fixas. O sistema permite uma performance semelhante ao confinamento. Outra vantagem é a utilização de materiais rústicos e cobertura do solo com forrageiras, que também colaboram na alimentação, reduzindo o uso de ração. Silva informou que as pesquisas que são desenvolvidas pela Universidade, Emater/RS e Fepagro buscam responder às dificuldades que os produtores têm encontrado. “Geramos uma série de alternativas para que o produtor possa escolher a que lhe apresentar os melhores resultados”, afirma o professor da Ufrgs.

No Estande da Integração, os visitantes podem observar o método de criação sobre cama. Uma pocilga de 15 metros quadrados foi dividida em três baias com cobertura de casca de arroz, serragem e maravalha, materiais que têm tido maior aceitação pelos agricultores e que demonstram a variabilidade de possibilidades de utilização de materiais na confecção das camas.