Redação SI 25/09/2002 – O Ministério da Agricultura suspendeu ontem a importação de animais suscetíveis à febre aftosa provenientes do Paraguai. A proibição, por tempo indeterminado, também vale para produtos e subprodutos de origem animal, como carnes.
A medida foi provocada pela suspeita de um foco da doença no distrito de Corpus Christi, departamento de Canyndeyú, próximo à fronteira com Mato Grosso do Sul.
Segundo a assessoria do ministério, a investigação de sintomas de doença vesicular descobertos em bovinos de uma fazenda nessa localidade, perto do município brasileiro de Sete Quedas, foi comunicada pelo próprio governo paraguaio. Não foi identificada, no entanto, a distância do Brasil. A medida de prevenção com o fechamento da fronteira será mantida até que os fatos sejam esclarecidos.
O objetivo, segundo o ministério, é preservar a condição sanitária brasileira, evitando a reintrodução da doença no rebanho do país, que está há mais de um ano sem registro de casos de febre aftosa. Os últimos focos foram detectados em agosto do ano passado, em municípios do Rio Grande do Sul.
O Exército foi convocado para auxiliar na operação de fiscalização e controle entre os dois países. As equipes devem ser deslocadas ainda hoje para a região e irão atuar principalmente no combate ao contrabando de animais.
Além disso, o ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, solicitou uma reunião de urgência com os técnicos do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) e representantes do serviço oficial de vigilância sanitária do Paraguai para avaliar a situação. O encontro foi marcado para sexta-feira. O local, porém, ainda não foi definido.
A intenção do governo brasileiro é discutir medidas sanitárias que garantam uma política conjunta de erradicação da doença em toda a América do Sul.
A DOENÇA |
A febre aftosa ataca animais de casco bipartido: |
bovinos |