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BB tem projeto sustentável para a suinocultura

Trata-se da implantação de biossistemas integrados que permitem transformar dejetos suínos em insumo para novas cadeias produtivas.

Redação SI 18/10/2002 – Uma iniciativa realizada pela Fundação Banco do Brasil e pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) está transformando a realidade da suinocultura no sudoeste do Estado. Trata-se da implantação de biossistemas integrados que permitem transformar dejetos suínos em insumo para novas cadeias produtivas.

Hoje às 9 horas será inaugurado o “Biossistema Integrado à Suinocultura” do Centro Estadual de Educação Profissional de Toledo, e realizada a cerimônia de formatura da primeira turma de técnicos especializados nessa tecnologia.

Com o “Biossistema Integrado à Suinocultura”, os dejetos suínos são direcionados a um biodigestor, onde é realizada, posteriormente, a digestão anaeróbica do produto, reduzindo sua carga poluente em até 60%. Neste processo é obtido o biogás, que pode substituir o gás de cozinha no aquecimento de aviários ou ser utilizado para geração de energia elétrica.

O efluente sólido do biodigestor transforma-se em fertilizante natural, e o resíduo líquido vai para tanques de algas – que servirão de alimento para a criação de peixes. No tanque de peixes podem ainda ser produzidas plantas, através da técnica aquaponia. A água é devolvida à natureza praticamente livre de qualquer resíduo poluente. A área ao redor dos tanques torna-se ideal para o cultivo de hortas e pomares.

A Fundação Banco do Brasil investiu cerca de R$ 65 mil no projeto, desenvolvido durante um ano em uma propriedade com 300 animais: 1,5 tonelada de peixes criados a partir dos nutrientes gerados pelo biossistema; 45 kwa de energia elétrica resultantes do uso do biogás; e 54 toneladas de biofertilizante, utilizadas na lavoura de soja e milho da mesma propriedade.

A cidade de Toledo é a primeira produtora de suínos no Brasil com mais de 300 mil cabeças, o Estado do Paraná é o terceiro do país e o primeiro no fornecimento de matrizes vivas para São Paulo. Tem rebanho de cerca de 4,3 milhões de cabeças distribuídas em 136 mil propriedades, considerando-se uma participação efetiva de 36 mil produtores. Estima-se que este rebanho produza aproximadamente 37 mil metros cúbicos/dia de dejetos, gerando uma carga poluente equivalente a 600 mil kg DBO/dia.