Redação SI 31/10/2002 – Representantes de suinocultores e avicultores goianos reuniram-se hoje com o secretário de Agricultura do Estado, José Mário Schreiner, para solicitar implementação de medidas consideradas emergenciais para amenização da crise no abastecimento de milho.
Dentre as várias solicitações, o setor suinícola, alega também que o Banco do Brasil não vem liberando o crédito já autorizado pelo governo, limitado a R$ 60 mil por produtor e R$ 200,00 por matriz, para retenção das fêmeas. Os representantes das entidades presentes na reunião pediram gestões da Seagro para que o banco facilite o acesso a esse financiamento.
Já os avicultores reivindicaram ao secretário linha de crédito emergencial para custeio, para fazer frente ao momento, que, segundo a presidente da Associação Goiana de Avicultura, Margarida Conceição Fernandes Teixeira, é crítico.
Os produtores questionam ainda a diferença entre o preço pago ao produtor e o preço cobrado do consumidor. Eles lembram que a arroba bovina está em torno de R$ 56,00, enquanto a de suíno custa R$ 28,00. Mas na ponta final, o consumidor paga praticamente o mesmo preço pelas duas carnes. Se a distorção fosse corrigida, os reflexos no consumo seriam imediatos, permitindo desovar boa parte da produção das granjas.
O secretário comprometeu-se a gestionar com o Banco do Brasil e a Conab, para viabilização do acesso ao crédito e da oferta de milho para venda em balcão.
A Conab já anunciou que o estoque a ser liberado até janeiro é de apenas 2 mil toneladas, em pregões quinzenais. A quantidade é insuficiente para atender toda a demanda. A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) também vai apoiar as ações, listando produtores cadastrados para aquisição preferencial do milho na venda em balcão.