Da Redação 05/11/2002 – A Seara Alimentos, controlada pela holding Bunge International, fechou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 18,2 milhões, 47% menor que o registrado no mesmo trimestre do ano passado, de R$ 34,5 milhões. No mesmo período, a agroindústria, terceira maior do País, comercializou um volume 15% maior, de 153,5 mil toneladas, sobre os 133,7 mil toneladas negociados em 2001.
No acumulado do ano, o lucro da empresa soma R$ 44,1 milhões, valor 33,6% menor que o apresentado entre janeiro e setembro de 2001, informa Ivo Dreher, diretor financeiro e de relações com o mercado. Nos nove meses do ano, a receita da empresa ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão, ficando em R$ 1,187 bilhão, 21% superior ao valor de 2001, que fechou em R$ 980,1 milhões.
Exportações em alta
Otimização do custo
Segundo o executivo, a empresa ganhou em eficiência nos últimos meses. “Tivemos melhoria de produtividade e redução de custos este ano, o que ajudou a reduzir o impacto dos preços dos insumos, sobretudo o milho”, afirma. A empresa, segundo informações de Dreher, tem insumos suficientes para o início da próxima safra do grão, iniciada em fevereiro de 2003.
A empresa investiu R$ 36 milhões até setembro na ampliação da capacidade de produção dos abatedouros e em melhorias tecnológicas. Dreher afirma que 95% da capacidade das fábricas da Seara está sendo utilizada. Até o final deste ano, os investimentos deverão totalizar R$ 50 milhões.
“Com a inauguração de nossa fábrica de Itapiranga (SC) também aumentamos nossas exportações de carne processada”, diz o executivo. Segundo ele, a empresa tem comercializado um volume maior de frango sem sal para a Europa depois do aumento da taxa de importação para o produto salgado.
Dreher nega que a empresa esteja sendo negociada. O executivo diz que foi procurada pela gigante norte-americana Tyson Foods, assim como a maioria das agroindústrias do País. “O Brasil tem os menores custos de produção do mundo, o que atrai as multinacionais”, afirma. No entanto, Dreher não descarta fechar negócios se a oferta for muito atraente.