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Avicultura brasileira em 2001

Veja o comentário da FNP Consultoria sobre o ano de 2001 para a avicultura brasileira e as perspectivas para 2002.

Redação AI 20/11/2001 – A engenheira agrônoma Paula Santana Batista, gerente de Mercados da FNP Consultoria, analisou o desempenho da avicultura brasileira em 2001 para o Avicultura Industrial e já traçou algumas perspectivas para 2002. Confira:

2001
“O ano de 2001 será lembrado como ótimo para as empresas exportadoras de carne de frango. A desvalorização cambial e a maior demanda por parte da União Européia, depois do agravamento dos problemas sanitários, como o mal da “vaca louca” e a febre aftosa, estimularam acentuadamente as vendas externas de frango. Favorecendo ainda mais esse cenário já otimista, no primeiro semestre do ano a oferta abundante de milho no mercado interno permitiu reduzir os custos de produção do setor. Sabe-se que o grão é responsável por 60% a 70% do custo total da ração das aves. Somado à diminuição dos custos de produção da carne de frango, o crescimento expressivo de suas exportações possibilitou igualmente reduzir sua disponibilidade interna, o que, em conseqüência, garantiu períodos de bons preços no mercado doméstico”.

Obstáculos 
“Apesar das estimativas animadoras, algumas ressalvas têm que ser feitas. A primeira refere-se à evolução da guerra no Oriente Médio, como resposta dos Estados Unidos aos atentados sofridos em 11 de setembro de 2001. Esse fator pode vir a afetar profundamente a economia mundial. Caso a situação militar ali se deteriore mais, as perspectivas de exportação poderão ser abaladas. O Oriente Médio é o principal comprador de frango brasileiro e uma possível retração de suas aquisições poderá afetar o mercado brasileiro. Em um primeiro momento, o impacto da guerra foi favorável às exportações de frango, uma vez que se notou uma antecipação por parte dos grandes compradores da região, como a Arábia Saudita, mas o temor é de que isso signifique a formação de estoques de alimentos para os meses que virão. Outro problema que as empresas brasileiras exportadoras de carne de frango continuarão a enfrentar é a saturação relativa dos mercados de seus compradores, com a possibilidade de reflexo negativo da situação nos preços de exportação”.