Segundo o relatório mensal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as exportações brasileiras de milho para a safra 2022/23, projetadas em 52 milhões de toneladas, deverão superar em 10 milhões de toneladas as exportações dos Estados Unidos, que estão estimadas em 41,9 milhões de toneladas de acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Essa superação colocará o Brasil como o principal exportador mundial de milho.
A Anec ressaltou o interesse da China pelo milho brasileiro, observando que, no primeiro semestre, a China já havia importado 934 mil toneladas de milho, e em julho, esse número aumentou para 1,292 milhão de toneladas, totalizando 2,23 milhões de toneladas nos primeiros sete meses de 2023. A associação prevê que esse volume aumentará significativamente no segundo semestre. Até o momento, as remessas destinadas à China foram principalmente através do Porto de Santos (SP), com volumes menores saindo dos portos de Barcarena (PA) e Itaqui (MA).
No mês de julho, a Anec estimou as exportações de soja em 8,636 milhões de toneladas, superando os 7,009 milhões de toneladas do mesmo mês do ano anterior, mas ficando abaixo das 13,833 milhões de toneladas de junho. As exportações de milho atingiram 5,938 milhões de toneladas em julho, em comparação com 5,629 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior e 1,230 milhão de toneladas no mês anterior.
Notícias Relacionadas
Em relação ao farelo, as exportações de julho totalizaram 2,159 milhões de toneladas, comparadas às 2,068 milhões de toneladas de julho de 2022, mas abaixo das 2,246 milhões de toneladas de junho. As exportações de trigo atingiram 68,440 mil toneladas, ante 58 mil toneladas em junho. Não houve registro de embarques desse cereal em julho de 2022, conforme a Anec.
A associação ainda não divulgou previsões de embarques para o mês de agosto.
