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Defesa sanitária

As indústrias processadoras de carnes criaram uma entidade de direito civil, a Organização de Apoio à Defesa Animal (OAD), que irá trabalhar em conjunto com o governo nas ações ligadas à defesa sanitária animal.

Da Redação 08/04/2005 – As indústrias processadoras de carnes criaram uma entidade de direito civil, a Organização de Apoio à Defesa Animal (OAD), que irá trabalhar em conjunto com o governo nas ações ligadas à defesa sanitária animal. A informação foi dada hoje pelo presidente-executivo Pedro Camargo Neto, da Associação Brasileira da Indústria Processadora de Carne Suína (Abipecs), que é uma das entidades que participam da criação da OAD. Também estão representadas na OAD a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec) e a Associação Brasileira dos Exportadores de Frangos (Abef).

Segundo Camargo Neto, a organização está em fase de implementação, já tendo inclusive estatuto e registro no Ministério da Fazenda. Ele salientou que a entidade terá um conselho formado por representantes das empresas e será comandada por um corpo técnico. Ele ressaltou que a criação da OAD não resolve de forma alguma o problema do contingenciamento dos recursos do orçamento da defesa agropecuária para 2005. O corte no orçamento foi de R$ 100 milhões, de R$ 137 milhões para R$ 37 milhões.

O pesquisador Sérgio de Zen, da Esalq/USP, afirmou que o corte no orçamento é um erro “gigantesco”. “Falta percepção do risco que corremos”, comentou. O pesquisador ressaltou que a economia de R$ 100 milhões pode pôr em risco as exportações de carne suína, bovina e de frango, que somam receita cambial de US$ 5 bilhões/ano para o Brasil.

Pedro Camargo Neto e Sérgio de Zen participaram hoje, no Hotel Meliá Mofarrej, em São Paulo, do seminário sobre Perspectivas Para o Agribusiness 2005/2006, promovido pela Bolsa de Mercadorias & Futuros e pelo Ministério da Agricultura.