Redação (06/02/07) – O agricultor Antônio Gemelli colheu 30% dos 1.470 hectares plantados em Lucas do Rio Verde, norte de Mato Grosso. A média de produtividade é de 50 sacas por hectare, 5% a menos que na safra passada. Ele diz que o preço melhorou, mas ainda não está satisfatório. Pagar conta dessa safra acho que até paga, mas as contas antigas eu não acredito, comenta.
O escoamento da produção em Mato Grosso está ainda no início. A procura por caminhões deve aumentar até o final de fevereiro, período considerado pico da colheita. Por enquanto, o valor cobrado pelo frete não teve reajuste em relação à safra passada.
O agricultor Almeri Dalmaso colheu até agora apenas 10% dos 1.500 hectares de soja cultivados este ano. Ele tem receio que no pico da safra, no final de fevereiro, ocorra um aumento na procura por caminhões e, com isso, um reajuste no preço do frete. A classe dos caminhoneiros e transporte alega que está insustentável, que eles precisam levantar esse valor do frete. Quem vai repassar esse valor do frete? As multinacionais? Com certeza, não. Vai estourar na parte mais fraca, que é o agricultor. E nós já estamos cansados disso, desabafa.