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RS: 96% da área prevista de milho já está semeada

No Estado, as atuais fases da cultura do milho encontram-se com 25% em desenvolvimento vegetativo, 26% em floração, 39% em enchimento de grãos e 6% maduro e pronto para colher.

Redação (14/01/2008)- De acordo com o Zoneamento Agroclimático do RS, o dia 20 de janeiro marca o término da janela de plantio para a lavoura de milho. Atualmente, cerca de 96% da área prevista já se encontra semeada. Conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, restam apenas áreas de plantio na resteva das lavouras de fumo e feijão, nas áreas do milho já colhidas para silagem, e também nas de sobre plantio de mesma área. No Estado, as atuais fases da cultura do milho encontram-se com 25% em desenvolvimento vegetativo, 26% em floração, 39% em enchimento de grãos e 6% maduro e pronto para colher. 

ARROZ

A situação da lavoura orizícola é promissora e traz tranqüilidade aos produtores. Os reservatórios de água destinados à irrigação estão com ótima capacidade e as condições meteorológicas beneficiam a cultura. Até o momento, o desenvolvimento da lavoura de arroz é considerado excelente, com 86% das áreas apresentando as fases de germinação e desenvolvimento vegetativo, 11% em floração e 3% das lavouras de arroz estão em enchimento de grãos. 

FEIJÃO

Prossegue a colheita da 1ª safra de feijão no Estado, já atingindo os 31%, com 6% em desenvolvimento vegetativo, 10% em floração, 28% em enchimento de grãos e 25% maduro e por colher. A qualidade do produto é considerada boa.

Com um terço da safra gaúcha de feijão já colhida e negociada, pois o mercado mantém-se forte, há possibilidade que os preços se estabilizem em razão da oferta mais abundante. Mesmo assim, os produtores estão otimistas e prevendo um aumento, na área da safrinha, que logo estará em formação.

HORTIGRANJEIROS E FRUTAS

O período está normal para a produção de frutas e olerícolas. Técnicos da Emater/RS-Ascar dizem esperar o reinício das precipitações, pois a insolação muito grande determina uma atividade maior das plantas, causando um estresse hídrico, o que prejudica o desenvolvimento e a produção.

As freqüentes precipitações que estão ocorrendo na Serra Gaúcha, associadas às altas temperaturas e à insolação, vêm determinando uma maturação apressada da produção de tomate, aumentando a oferta e rebaixando os preços ao produtor. Alguns estão vendendo sob consignação e sem idéia de valor. Outros, vendendo a baixo preço, cerca de R$ 0,20/kg de tomate e, ainda, alguns deixando de colher e acumulando até seis pencas maduras por planta.

As condições meteorológicas no Litoral Norte estão favorecendo o desenvolvimento da cultura da banana. O mercado está aquecido, com boas vendas e preços recebidos pelos bananicultores entre R$ 0,60/kg e R$ 0,80/kg.

Já na região Carbonífera, as altas temperaturas e a grande insolação estão prejudicando as frutas de melancia, provocando queima e perda dos frutos em algumas lavouras. Atualmente estão em colheita as plantas semeadas a partir de meados de setembro. Os preços de comercialização, direto na lavoura, variam entre R$ 0,17/kg e R$ 0,22/kg, para frutos maiores que 10 kg, e entre R$ 0,08/kg a R$ 0,12/kg, para frutos menores. 

Na Fronteira Oeste e Campanha, encontra-se em colheita a produção de melão espanhol amarelo, plantada no cedo, no mês de outubro, apresentando boa produtividade e qualidade. Quase que a totalidade desta produção se destina ao mercado da Grande Porto Alegre.

Os pomares de pêssego da Zona Sul estão em maturação e colheita. A produção está sendo negociada com as indústrias a preços entre R$ 0,50/kg e R$ 0,75/kg. Para os frutos de mesa, os valores ficam entre R$ 1,50/kg a R$ 2,00/kg. Na Serra, após a colheita da variedade Marli, se intensifica a colheita da variedade Chiripá, que apresenta boa qualidade. Os valores de venda estão a R$ 0,80/kg.

CRIAÇÕES

Na Suinocultura, após uma longa série de altas, o preço pago ao produtor do suíno tipo carne apresentou sua primeira queda de preço do ano. De acordo com o Levantamento de Preços realizado pela Emater/RS–Ascar, a redução foi de 3,67% no preço médio praticado no mercado estadual, passando o preço médio do produto de R$ 2,45 para R$ 2,36 o quilo vivo. A retração no consumo, após as festas de final de ano, período em que tradicionalmente ocorre um aumento no consumo de produtos suinícolas, pode ser uma das causas dessa diminuição dos preços pagos.

O mercado do leite segue estável, com o preço médio do litro cotado a R$ 0,55. O preço mínimo ficou na faixa dos R$ 0,45, já o preço máximo apresentou um forte crescimento passando de R$ 0,61 para R$ 0,70 o litro. A alta temperatura, combinada com a diminuição da umidade do solo, está provocando uma diminuição no volume de leite produzido. Contudo, esta situação não é geral, já que em algumas regiões o retorno das chuvas permitiu a retomada do ritmo de crescimento da produção leiteira.

Na região de abrangência do município de Tramandaí o mar apresentou-se bastante favorável à pesca com bote. As capturas, que no último período em média estavam em 80 kg/dia, saltaram para 150 a 200 kg/dia. As espécies mais capturadas foram o bagre, a pescada amarela, a corvina, o linguado, a abrótea e o papa terra.

Durante a semana, a Patrulha Ambiental intensificou a fiscalização do período de defeso do bagre no estuário do rio Tramandaí. A comunidade de pescadores acredita que a captura de camarão no estuário tenha início a partir da segunda quinzena deste mês. No Parque Nacional da Lagoa do Peixe, localizado no município de Tavares, a temporada de capturas segue fechada. Tudo indica que o início se dê a partir do próximo dia 20. Só pode atuar no Parque pescador cadastrado pelo órgão ambiental.