Redação (20/03/2008)- A Bacteriose ficou em segundo com 43% dos casos. E o terceiro colocado, com 19,8% das ocorrências, foi o Oídio. A Ferrugem Asiática foi detectada em 15,6% das amostras. A maioria dos casos (112), foi em amostras da região de Campo Mourão. "Além da ferrugem o projeto identificou a presença de mais 13 doenças foliares da soja", disse a coordenadora do programa, doutora Solange Maria Bonaldo. "Esse resultado serve de alerta para produtores e técnicos com relação ao aumento da incidência e severidade destas doenças na região", comenta.
Redução de focos – Solange salienta que na atual safra as condições climáticas não foram favoráveis para o desenvolvimento da ferrugem. "Comparando a epidemia na safra passada e na atual, observamos uma redução do número de focos, bem como da agressividade da doença no campo", diz. "Este fato está relacionado à redução das chuvas. Em Campo Mourão, por exemplo, o acumulado de precipitação no período de dezembro de 2006 a fevereiro de 2007 foi de 297 milímetros, enquanto que na safra atual o acumulado de precipitação não ultrapassou 35% do volume que ocorreu na safra anterior", explica a doutora.
Temperaturas – Outro fator climático que influenciou no desenvolvimento da doença na região foi à temperatura média, que ficou abaixo da observada na safra 2006/2007. "A temperatura tem influência no número de ciclos da doença no campo. Provavelmente estes mesmos fatores, chuva e temperatura, exerceram influencia no desenvolvimento da doença nas demais regiões de abrangência do projeto olho vivo, uma vez que em todas as localidades observou-se um menor número de focos bem como uma menor agressividade da ferrugem asiática no campo", frisou. Ao contrário de programas similares, essa identificação de várias doenças é um dos diferenciais do programa de Diagnose de Doenças Foliares da Soja desenvolvido pela Coopermibra em parceria com outras instituições. Com esse diagnóstico preciso e ágil que é feito na Coopermibra, o produtor sabe com certeza que tipo de doença está atacando sua lavoura e com qual intensidade. "Com esse trabalho o maior benefício para o nosso cooperado é saber que tipo de defensivo e qual a quantidade que deve ser aplicada para o eficaz combate das doenças", diz o diretor vice-presidente da Coopermibra, engenheiro agrônomo Valdomiro Bognar.