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Análises detectaram 3,8 mil ocorrências de doenças na soja

Em menos de três meses de trabalho, a equipe de diagnose do projeto Olho Vivo identificou mais de 3,8 mil ocorrências de doenças foliares da soja em 2.044 amostras provenientes de lavouras da área de atuação da Coopermibra. De acordo com o relatório divulgado no encerramento do programa, o maior índice de ocorrências registrado, 62%, foi do Míldio.

Redação (20/03/2008)- A Bacteriose ficou em segundo com 43% dos casos. E o terceiro colocado, com 19,8% das ocorrências, foi o Oídio. A Ferrugem Asiática foi detectada em 15,6% das amostras. A maioria dos casos (112), foi em amostras da região de Campo Mourão. "Além da ferrugem o projeto identificou a presença de mais 13 doenças foliares da soja", disse a coordenadora do programa, doutora Solange Maria Bonaldo. "Esse resultado serve de alerta para produtores e técnicos com relação ao aumento da incidência e severidade destas doenças na região", comenta.

Redução de focos – Solange salienta que na atual safra as condições climáticas não foram favoráveis para o desenvolvimento da ferrugem. "Comparando a epidemia na safra passada e na atual, observamos uma redução do número de focos, bem como da agressividade da doença no campo", diz. "Este fato está relacionado à redução das chuvas. Em Campo Mourão, por exemplo, o acumulado de precipitação no período de dezembro de 2006 a fevereiro de 2007 foi de 297 milímetros, enquanto que na safra atual o acumulado de precipitação não ultrapassou 35% do volume que ocorreu na safra anterior", explica a doutora.

Temperaturas – Outro fator climático que influenciou no desenvolvimento da doença na região foi à temperatura média, que ficou abaixo da observada na safra 2006/2007. "A temperatura tem influência no número de ciclos da doença no campo. Provavelmente estes mesmos fatores, chuva e temperatura, exerceram influencia no desenvolvimento da doença nas demais regiões de abrangência do projeto olho vivo, uma vez que em todas as localidades observou-se um menor número de focos bem como uma menor agressividade da ferrugem asiática no campo", frisou. Ao contrário de programas similares, essa identificação de várias doenças é um dos diferenciais do programa de Diagnose de Doenças Foliares da Soja desenvolvido pela Coopermibra em parceria com outras instituições. Com esse diagnóstico preciso e ágil que é feito na Coopermibra, o produtor sabe com certeza que tipo de doença está atacando sua lavoura e com qual intensidade. "Com esse trabalho o maior benefício para o nosso cooperado é saber que tipo de defensivo e qual a quantidade que deve ser aplicada para o eficaz combate das doenças", diz o diretor vice-presidente da Coopermibra, engenheiro agrônomo Valdomiro Bognar.