Questão do máximo interesse da avicultura

REdação (26/03/2008)- Por concordarem, como a maior parte da indústria avícola, que os atuais problemas de mercado do frango somente serão corrigidos através da redução da produção, os produtores de pintos de corte independentes afiliados à APINCO estão acatando as decisões de seus compradores no tocante a um menor alojamento de pintos de um dia. Dentro desse objetivo, vêm acelerando e antecipando o descarte de matrizes, reduzindo o volume de ovos em incubação e, se necessário, retirando das máquinas e inutilizando ovos já em incubação.É fundamental lembrar, no entanto, que o segmento representado pelos independentes responde, na atualidade, por menos de 20% da produção nacional de pintos de corte.

Assim, o esforço isolado do segmento tem representatividade mínima na produção global, solicitando, por isso, participação geral.Está claro, a esta altura, que muitas empresas integradas – de pequeno, médio ou grande porte – vêm atuando na mesma direção. Alerta-se, porém, que várias delas optaram por manter inalteradas suas incubações e, em vez de alojarem toda a produção, colocam os pintos excedentes no mercado a preços favorecidos.

É, para dizer o mínimo, verdadeiro “tiro no pé”. E não apenas porque a oferta final de carne de frango continuará nos mesmos níveis – ou seja, excessiva – mas sobretudo porque a venda a preços favorecidos beneficia exclusivamente aqueles empresários (?) cuja única ferramenta de competitividade é a comercialização do frango a preços aviltados. Para corrigir de vez a situação do setor, a APINCO sugere que também nas integrações sejam adotados os procedimentos já colocados em prática pelos incubadores independentes: antecipação do descarte de reprodutoras, redução do volume de incubações e, quando for recomendável, destruição de ovos em incubação.