O governo federal celebra a abertura de seis novos mercados para o agronegócio brasileiro, incluindo dois mercados para a Colômbia e quatro para o Japão. O anúncio foi feito pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, durante um encontro com a imprensa do setor, na manhã desta terça-feira (28), no Mapa.
No caso da Colômbia, foram abertos mercados para farinha e óleo de peixe destinados à alimentação animal provenientes do Brasil. A certificação fitossanitária foi encaminhada ontem, dia 27, ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pelo Instituto Agropecuário Colombiano (ICA).
O país andino representa o terceiro maior mercado para a farinha de origem animal exportada pelo Brasil. De acordo com o Departamento Administrativo Nacional de Estatística da Colômbia (DANE), em 2023, estima-se que 67% dos lares colombianos tenham ao menos um animal de estimação.
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O Brasil lidera as exportações de farinha e óleo de peixe para a Colômbia, alcançando 60% do segmento “pet food” no país. Prevê-se que, neste ano, os gastos com alimentos, brinquedos e roupas para animais de estimação na Colômbia atinjam US$ 5 bilhões.
Quanto ao Japão, as aberturas referem-se às carnes enlatadas bovina e suína e de extratos de carne bovina e suína. Este mercado estava suspenso pelos japoneses há oito anos. Com essas habilitações, a expectativa é de uma plena retomada gradual das exportações já em 2024.
Para o secretário Roberto Perosa, os novos mercados não apenas implicam em renda e emprego, mas também em melhor qualidade de vida e no aprimoramento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da população.
“Com essas novas aberturas de mercado, estamos capacitando o Brasil para uma revolução no campo. Nos próximos dez anos, o governo federal pretende estimular os produtores para que produzam ainda mais, o que resultará em mais empregos, renda e um aumento na contribuição do agronegócio para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional,” ressaltou.
Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Desde o início de 2023, os produtos agropecuários brasileiros, com uma pauta diversificada das exportações, conquistaram a abertura de 71 mercados nas Américas, Ásia, África, Oceania e Europa.
No cenário do comércio internacional, as exportações brasileiras do agronegócio, entre janeiro e outubro deste ano, totalizaram US$ 139,58 bilhões, uma cifra recorde para os dez primeiros meses do ano. Isso representa uma evolução de 3,0% em comparação com o mesmo período em 2022.
Os setores que mais contribuíram para o crescimento nas exportações do agronegócio brasileiro foram: complexo soja (+US$ 4,37 bilhões); complexo sucroalcooleiro (+US$ 3,03 bilhões); cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,82 bilhão).
A Ásia foi o principal destino do agronegócio brasileiro entre janeiro e outubro de 2023, com US$ 74,60 bilhões, seguida pela União Europeia, cujo montante alcançou US$ 18,43 bilhões.
A China permanece em destaque entre os países de destino do agro brasileiro, com US$ 51,10 bilhões em exportações.
