O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulgou o balanço anual de 2023, evidenciando um desempenho notável na produção de rações para avicultura de corte. O setor enfrentou desafios significativos, com cadeias produtivas apresentando desempenho antagônico, resultando em um avanço modesto do setor como um todo. A previsão é fechar o ano com uma produção estimada de 87 milhões de toneladas de rações e sal mineral, representando um incremento de cerca de 1,5% em relação a 2022.
Durante o período de janeiro a setembro, a produção total de rações atingiu 62,6 milhões de toneladas. Um destaque importante foi o segmento de frangos de corte, que registrou um aumento expressivo de 3% na demanda em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento superou outras categorias, como poedeiras, suínos, bovinos de corte e de leite, aquicultura, e cães e gatos.
Frango de corte
A produção de rações para avicultura de corte, especificamente, contabilizou 27,5 milhões de toneladas no período mencionado. Mesmo diante das preocupações com o surto de influenza aviária de alta patogenicidade, o Brasil manteve seu status sanitário elevado, sem registros significativos em granjas comerciais. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu oficialmente os esforços do país, não impondo restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.
O CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani, comentou sobre o desempenho do setor em julho, destacando a produção acumulada de rações e concentrados, que se revelou cerca de 2% superior à do mesmo período do ano anterior. Zani ressaltou a perspectiva otimista, especialmente no avanço das rações para frangos de corte, contrastando com o retrocesso observado na alimentação industrializada do plantel leiteiro.
Alojamento de pintos de corte (milhões de cabeças)
Projeções e estratégias para 2024
Para as projeções de crescimento em 2024, Zani enfatizou que a indústria de alimentação animal, influenciada pelo desempenho da cadeia produtiva de proteína animal, espera um avanço de aproximadamente 2,5% na produção de rações. As estratégias para enfrentar os desafios incluem um planejamento cuidadoso para garantir o suprimento de macro e micro ingredientes, influenciados pelo desempenho das safras e variações cambiais.
Além disso, as tendências em nutrição animal e aditivos para rações se concentram na mitigação da pegada de carbono, abordando preocupações ambientais, como descarga poluidora e emissões de gases do efeito estufa. Com um olhar para o futuro, a indústria de alimentação animal está comprometida com práticas sustentáveis e inovações.
Fonte: Sindirações.