A gripe aviária está se espalhando rapidamente na Europa, mas chegou mais tarde este ano devido a um outono quente que atrasou a migração de aves selvagens, os principais portadores do vírus que causou a morte de milhões de aves nos últimos anos, afirmaram agências científicas na quinta-feira.
Embora a influenza aviária altamente patogênica, comumente chamada de gripe aviária, seja inofensiva para o consumo humano, sua disseminação é uma preocupação para governos e a indústria avícola devido à devastação que pode causar aos rebanhos e ao risco de transmissão para humanos.
O vírus geralmente atinge durante o outono e inverno, e tem se espalhado em muitos países europeus nas últimas semanas, mas com um atraso em comparação com anos anteriores.
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Um aumento nos surtos já havia sido observado no início de outubro, enquanto este ano o aumento ocorreu apenas a partir de novembro, afirmaram a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC) e o Laboratório de Referência da UE (EURL) em um relatório conjunto.
“A elevação tardia nas detecções do vírus em aves selvagens pode ser devido à migração mais tardia de várias espécies de aves aquáticas selvagens após um período de outono relativamente quente”, acrescentaram.
O relatório observa que o vírus da gripe aviária grave foi detectado em aves selvagens e mamíferos na região antártica pela primeira vez.
Enquanto isso, o ECDC avaliou que o risco de infecção por gripe aviária na Europa permanece baixo para o público em geral. Apesar de indicações de transmissão de mamífero para mamífero, nenhum caso de transmissão de mamífero para humano do vírus H5N1 em circulação na Europa foi observado, acrescentaram.
Era cedo demais para prever se um número igualmente alto de surtos de gripe aviária como nos anos anteriores ou uma redução devido ao desenvolvimento de algum nível de imunidade em espécies de aves selvagens previamente afetadas seria observado, afirmaram também.
