A forte pressão dos custos de produção na suinocultura, gerado pelas altas nos preços do milho e da soja, tem obrigado o produtor a intensificar seus esforços para ampliar a eficiência em todas as frentes de seu sistema produtivo. Reforçar a gestão do manejo alimentar das fêmeas suínas na fase de reprodução tem se mostrado um recurso estratégico, pois permite não apenas reduzir desperdícios no fornecimento de ração, mas, principalmente, melhorar a conversão alimentar do rebanho reprodutivo, maximizando a produtividade e os resultados econômicos da unidade de produção. Confira, a seguir, recomendações técnicas para otimizar a eficiência alimentar das fêmeas suínas na fase de reprodução.
Redobre os cuidados com o manejo alimentar
O primeiro ponto é assegurar um bom manejo alimentar às fêmeas suínas. O sistema de arraçoamento deve estar disposto e ajustado para garantir que os animais tenham acesso adequado à água e a ração. Para isso, é necessário realizar a regulagem e a manutenção preventiva dos equipamentos. É importante também que os colaboradores estejam treinados para evitar falta de alimento e/ ou interrupções no seu fornecimento. A regra para o ajuste dos drops e bebedouros deve ser “todo dia, toda baia, todo equipamento”. Um sistema de alimentação bem regulado e em perfeito funcionamento não apenas evita desperdício, como potencializa o aproveitamento da ração pelos animais, maximizando o desempenho reprodutivo das fêmeas suínas.
Explore o potencial genético das fêmeas
Os avanços do melhoramento genético têm dado origem a fêmeas cada vez mais precoces, com alta eficiência alimentar e velocidade de crescimento, que promovem a redução nos custos de produção da granja, através de um menor consumo de ração por ano. Um dos atributos dos genótipos modernos a ser explorado é a precocidade reprodutiva. Hoje as leitoas podem ser inseminadas com 200 dias de idade e não mais com 230 dias, prática usual nas granjas. A adoção desse manejo beneficia todo o resultado econômico da unidade de produção. A economia obtida com o consumo de ração nesses 30 dias é expressiva. Senão, vejamos: ao considerarmos R$ 2,00 como custo médio atual do kg da ração e uma produção média de 60 leitões por vida útil da fêmea suína, a leitoa inseminada aos 230 dias teria um custo adicional de ração de R$ 180,00* – ou R$ 3,00 a mais por leitão produzido – quando comparado ao custo de leitoas inseminadas aos 200 dias de idade.
Leia a matéria completa na edição 305 da revista Suinocultura Industrial