A área destinada ao cultivo de milho em Mato Grosso na safra 2023/24 deve ficar em 6,944 milhões de hectares. As novas projeções levam em conta, principalmente, as incertezas dos produtores quanto à rentabilidade final da temporada. Diante dessa retração, as estimativas para a produção apontam para um volume de 43,276 milhões de toneladas a serem colhidas, montante inclusive abaixo do retirado das lavouras na safra 2021/22.
(A estimativa, como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso, de redução de área no estado já vinha sendo apontada pelos produtores, uma vez que o preço da saca de 60 quilos comercializado no estado não cobre os custos de produção.)
- 23ª edição da AveSui já tem data marcada. Acompanhe nas redes sociais e no site
Hoje, no mercado disponível, a saca é comercializada em média a R$ 39,65. Nesta mesma época no ano passado, a média era de R$ 60,75, enquanto em 2022 foi de R$ 77,23.
(No comparativo com a série histórica do Instituto, as projeções para a temporada 2023/24 são ainda menores em relação à safra 2021/22, quando 7,147 milhões de hectares foram plantados.)
Para a produtividade do cereal, a projeção é que sejam colhidas 103,86 sacas por hectare, recuo de 11,08% em comparação com a safra anterior.
(Clima também pesa no milho.)
Dessa forma, salienta o Imea, com o reajuste na área, a estimativa de produção fechou em 43,28 milhões de toneladas, o que representa uma retração de 17,58% ante as 52,504 milhões de toneladas da temporada passada. Na variação mensal, o decréscimo é de 1,09%.
(Ao se comparar com a série histórica do cereal, o volume estimado para a atual temporada é menor do que as 43,838 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2021/22.)
Ainda de acordo com o Imea, além das incertezas quanto à rentabilidade, ainda existem fatores como as condições climáticas que podem impactar no número final do rendimento, o que pode reduzir ainda mais a produção.