Localizada em Patos de Minas (MG), a Cooperativa Suinco, fundada em 2003, visa agregar valor à produção de famílias cooperadas do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro. Com mais de 20 anos de atuação, a cooperativa se prepara para alcançar um marco significativo: ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em vendas. Se concretizado, representará um incremento de quase 25% em relação ao faturamento de 2023.
Na época de inauguração do frigorífico, a importação de carne suína brasileira pela China era limitada, e o setor enfrentava desafios decorrentes de crises cíclicas, geralmente causadas pelo excesso de oferta e pelas flutuações dos preços do milho, principal insumo da ração dos animais.
Weber Vaz de Melo, diretor-geral de operações da Suinco, relembra os desafios enfrentados, destacando a dificuldade em obter margens favoráveis em frigoríficos de suínos que se concentram apenas na proteína in natura. Dos 200 produtos comercializados pela Suinco, 150 são processados.
Desde 2017, a cooperativa investiu aproximadamente R$ 160 milhões em melhorias. Para sustentar seu crescimento, a cooperativa está atualmente ampliando sua capacidade de abate e processamento, passando gradualmente de 2,15 mil para 3,17 mil cabeças por dia, em resposta à demanda crescente.
Atualmente, cerca de 90% dos produtos da empresa são destinados ao mercado interno, enquanto 10% são exportados. Embora o foco principal seja o mercado doméstico, Melo destaca que a planta tem capacidade para exportar para qualquer país. Apesar dos planos de expansão para o Leste Europeu, os conflitos geopolíticos entre Rússia e Ucrânia dificultaram essa abertura de mercado.
Com a marca Suinco, a cooperativa vende principalmente nos Estados do Sudeste e Nordeste, contando com 16 mil clientes ativos. A nova meta é ampliar os negócios para o Centro-Oeste, Norte e São Paulo, principal polo consumidor de proteínas, o que exigirá um esforço adicional para consolidar as vendas.
O diretor-geral enfatiza a disposição da cooperativa em expandir sua presença em todo o Brasil, inclusive em regiões tradicionalmente consumidoras de carne bovina, como Mato Grosso. Ele ressalta que a produção excedente dos cooperados permite negociações com outras empresas e reforça o compromisso da Suinco em promover a diversidade na dieta alimentar brasileira.