A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apresentou as medidas adotadas após a confirmação de um caso de influenza aviária de alta patogenicidade, a H5N1, em aves silvestres em uma propriedade em Rio Pardo. A coleta da amostra ocorreu em 8 de fevereiro, e o laudo confirmando a infecção foi emitido pelo laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Campinas no domingo, dia 11 de fevereiro.
Seguindo as diretrizes do ministério, foi estabelecido um raio de três quilômetros a partir do foco, onde foram identificadas 27 propriedades com atividades de produção animal.
“Agora vamos expandir essa área para um raio de cinco quilômetros, o que inclui 124 propriedades com aves”, explicou Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi.
Além disso, propriedades num raio de dez quilômetros também serão inspecionadas até hoje, dia 20 de fevereiro.
José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), mencionou que a entidade está realizando auditorias adicionais entre os associados, verificando as medidas de biossegurança adotadas pelas granjas comerciais para prevenir a entrada da gripe aviária em seus plantéis.
Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), informou que mais de R$ 1,2 milhão foram investidos no setor da avicultura em 2023, em atividades de divulgação, treinamento e atualização dos técnicos do Serviço Veterinário Oficial.
O secretário-adjunto da Agricultura, Márcio Madalena, destacou o contato da pasta com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) para reforçar a comunicação sobre a gripe aviária entre os membros dessas organizações.
Desde que a gripe aviária entrou na América do Sul em outubro de 2022, a Seapi tem realizado ações contínuas de conscientização sobre a importância da notificação de casos suspeitos. O caso confirmado em Rio Pardo ressalta a importância dessas iniciativas.
Rosane enfatizou um exemplo em que uma equipe da Seapi distribuiu folhetos sobre a gripe aviária durante atividades de vigilância de febre aftosa em Rio Pardo, levando um morador a notificar a morte de sete aves silvestres em sua propriedade. Isso demonstra a eficácia das ações de educação sanitária promovidas desde o ano anterior.