A avicultura desponta como uma indústria dinâmica, impulsionada por uma demanda sólida e previsões promissoras para os próximos anos. A busca incessante por maior produtividade e eficiência tem estimulado a adoção de avanços tecnológicos, destacando-se a automação e a otimização da cadeia de suprimentos. Nos Estados Unidos, um dos líderes mundiais na produção em grande escala, questões como segurança alimentar, bem-estar animal e sustentabilidade têm ganhado crescente relevância, embora ainda não atinjam o mesmo nível de prioridade observado na União Europeia.
Nesse contexto, a indústria avícola americana tem enfrentado de forma proativa o desafio da redução do uso de antimicrobianos, progressivamente eliminando sua utilização como promotores de crescimento e adotando rótulos como “livre de antibióticos”. O uso cada vez mais frequente de tecnologias alternativas, como aditivos na ração, é evidente. Porém é fundamental que se adote um novo paradigma e modelo de produção para reduzir de maneira eficaz a dependência desses agentes antimicrobianos. Nesse contexto, o Brasil, embora não precise seguir estritamente o modelo norte-americano, pode se beneficiar ao aprimorar a coleta e disseminação de dados de forma mais sistemática e transparente, contribuindo assim para influenciar positivamente a indústria avícola como um todo.
Para falar sobre o mercado avícola estadunidense e fazer um paralelo do brasileiro, convidamos o médico-veterinário Marcos Rostagno, que reside e atua no território norte- americano e que salienta que o “Calcanhar de Aquiles” do setor nos Estados Unidos é a falta de mão-de-obra, que leva à necessidade de automação, mas que, por outro lado, cria oportunidades para profissionais de outros países, como brasileiros, encontrarem espaços no mercado americano. Confira.