O Fórum Estadual de Influenza Aviária, realizado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) na última semana, concluiu a importância de criar um fundo indenizatório para a avicultura, além de explorar a vacinação como medida de mitigação de riscos. O evento contou com o apoio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária e da Coordenadoria de Câmaras Setoriais e teve significativa participação do setor, impulsionada pelo Sindicato Rural de Bastos, com destaque para a presidente Cristina Nagano.
Desde a detecção do primeiro caso de gripe aviária em São Paulo, em junho de 2023, a Coordenadoria tem mantido vigilância rigorosa sobre os registros, realizando inspeções frequentes em animais e implementando ações de vigilância porta a porta. O objetivo é preservar o status de livre da doença para exportação. “Estamos focados em prevenir a contaminação das granjas comerciais e possíveis perdas na cadeia produtiva da avicultura paulista”, destacou Cristina Nagano, também presidente da Câmara Setorial do Ovo na SAA.
Érico Pozzer, presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), apresentou um panorama do mercado avícola e enfatizou a necessidade de preparação para emergências sanitárias. A pesquisadora Helena Lage abordou as peculiaridades patogênicas e a mutabilidade do vírus da influenza aviária, destacando os desafios no monitoramento. O pesquisador americano David Swain trouxe uma visão global, discutindo os planos de contingência nos Estados Unidos e o papel complementar da vacinação, apesar dos desafios comerciais.
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Representantes do ICMBio abordaram as rotas migratórias das aves e os esforços de vigilância em colaboração com outros órgãos. Paulo Blandino, chefe do Programa Estadual de Sanidade Avícola da SAA, detalhou as ações de comunicação e vigilância para proteger a saúde das aves, enquanto a Secretaria de Saúde do Estado apresentou o trabalho de monitoramento integrado dos casos de influenza aviária.
O Ministério da Agricultura detalhou os critérios para a compartimentação e a necessidade de um serviço veterinário oficial estruturado, além de discutir a vacinação como estratégia mitigadora da influenza aviária no Brasil.
Após as apresentações dos especialistas, foi realizado um debate entre os participantes, ressaltando a urgência da criação de um fundo indenizatório para a avicultura e a avaliação criteriosa da vacinação. “Estamos pressionando pela criação do fundo indenizatório, compromisso assumido pelo governo do estado ao assumir a gestão do Fundesa-Pec. É uma medida concreta e necessária para reduzir o impacto das perdas para os produtores que possam ser afetados pela influenza aviária”, afirmou Tirso de Salles Meireles, presidente da Faesp.
Fonte: FAESPSENAR
