Em reunião realizada nesta quarta-feira (19/6) com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o governo do Espírito Santo decidiu prorrogar por mais 120 dias, a partir de julho, o Estado de Emergência Zoossanitária devido à influenza aviária. A decisão foi tomada em resposta aos primeiros casos de H5N1, o vírus causador da gripe aviária, identificados em aves silvestres migratórias no estado em maio de 2023.
Segundo Enio Bergoli, secretário da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a prorrogação da emergência sublinha a importância da vigilância contínua para evitar a propagação da doença e proteger a avicultura comercial do Espírito Santo. O diretor executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), Nélio Hand, informou que a associação está aconselhando os produtores a manterem as granjas fechadas até novembro.
Produção Avícola no Espírito Santo
Entre 2006 e 2017, a produção de aves no Espírito Santo cresceu 115% e a de ovos aumentou 174%, segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE. A associação dos avicultores do estado reporta que atualmente há 210 produtores, sete plantas de abate, três integradoras e dois incubatórios, gerando 25 mil empregos.
Medidas Nacionais
Em maio, o Mapa já havia prorrogado por mais 180 dias a vigência da emergência zoossanitária em todo o território nacional. Esta medida reforça a necessidade de ações coordenadas para controlar a gripe aviária e proteger a avicultura brasileira.
A prorrogação do Estado de Emergência Zoossanitária no Espírito Santo reflete o compromisso das autoridades e do setor produtivo em manter rigorosas medidas de controle e prevenção contra a influenza aviária, assegurando a continuidade e a segurança da produção avícola no estado.