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Sustentabilidade

Estudo aponta que Brasil pode transformar 36 milhões de Hectares de pasto em áreas de soja

Estudo aponta que Brasil pode transformar 36 milhões de Hectares de pasto em áreas de soja

O Brasil possui um enorme potencial para converter 36,6 milhões de hectares de pastagens em áreas de cultivo de soja, mantendo a preservação das florestas locais, conforme estudo inédito da Serasa Experian. Este estudo será apresentado no evento Febraban Tech.

Investimento Necessário

  • A conversão total das áreas de pasto para lavouras de soja exigirá um investimento estimado em R$ 60 bilhões.
  • Para converter 1 hectare de pastagem para o plantio de soja, é necessário, em média, R$ 5 mil, podendo variar entre R$ 3 mil e R$ 6 mil dependendo do grau de degradação das pastagens.

Expansão Projeta 12 Milhões de Hectares em 10 Anos

Apesar do potencial, a área de cultivo de soja deve aumentar em 12 milhões de hectares nos próximos dez anos, totalizando 78 milhões de hectares até 2023/24, segundo dados da Embrapa. Isso exigirá um investimento contínuo de R$ 50 bilhões anuais para custeio.

Financiamento e Risco de Crédito

  • Dos 36,6 milhões de hectares aptos para soja, 24,6 milhões pertencem a produtores com risco aceitável de crédito, ou seja, com probabilidade de inadimplência inferior a 3%.
  • A análise levou em conta apenas os Cadastros Ambientais Rurais (CARs) válidos e segmentou as áreas por nível de degradação: ausente, intermediária e severa.

Biomas e Estados em Destaque

  • Pampa: 52% das pastagens aptas sem degradação (1,6 milhão de hectares).
  • Mata Atlântica: 40% das pastagens com degradação severa (1,6 milhão de hectares).
  • Cerrado: 6,1 milhões de hectares de pastagens severamente degradadas, a maior área em termos absolutos.
  • Pará: Maior área de pastagens aptas ao plantio de soja sem degradação (1,7 milhão de hectares).
  • Mato Grosso do Sul: Maior disponibilidade total de pastos aptos para soja (6 milhões de hectares), porém com a maior parcela de áreas degradadas.

Base de Dados do Estudo

O estudo utilizou dados edafoclimáticos (clima e relevo) e séries históricas de mapas agrícolas da Embrapa, além de dados de pastagens degradadas fornecidos pelo LAPIG/UFG – Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás.