Duas das doenças de elevada prevalência reconhecidas em leitões neonatos e que afetam o desempenho destes na unidade produtora de desmamados são a anemia ferropriva e a coccidiose. A primeira se caracteriza pela carência nutricional no organismo do animal decorrente da baixa reserva de ferro ao nascer e ingestão de ferro em quantidades inferiores para suprir as suas necessidades. Já a segunda é frequentemente disseminada em leitões na fase de lactação afetando o seu desempenho em crescimento e ganho de peso, aumentando a taxa de refugos e servindo de porta de entrada para outras doenças clínicas.
Anemia Ferropriva
A anemia ferropriva é uma condição intrínseca dos leitões e uma das grandes vilãs da suinocultura mundial. Embora o colostro seja uma importante fonte de imunidade e o leite de nutrição, eles não apresentam grandes índices de ferro capazes de suprir as necessidades da leitegada.
Segundo a médico-veterinária sanitarista da Cooperativa Agroindustrial Copagril, Eduarda Oliveira, a placenta das fêmeas suínas tem suas particularidades. “Não conseguimos em condições ideais a transferência de ferro da mãe para o seu leitão a níveis altos como esperamos. O leitão já nasce com baixa reserva do nutriente e não consegue pelo leite materno ingerir a quantidade necessária para suprir sua necessidade diária de crescimento, principalmente nos seus primeiros dias de vida, e por isso, eles estão predispostos a desenvolver a anemia ferropriva”.
Os primeiros sinais de anemia são a palidez, pelos eriçados, animais apáticos e fracos. Com a evolução do quadro, é possível observar dificuldade respiratória e pouquíssima tolerância a movimentos ou esforços, podendo levar ao óbito do animal.
Conforme Eduarda, para evitar que os leitões estejam propensos a desenvolver a doença e ter perda de desempenho, além da alta taxa de mortalidade, é necessário realizar uma suplementação estratégica alimentar deste mineral logo após o nascimento.
Coccidiose
A coccidiose é uma das causas mais comuns de diarreia na maternidade. A médico-veterinária explicou que a coccidiose é uma doença causada por um protozoário que afeta os leitões nos primeiros cinco a 15 dias de vida. “Os suínos se infectam ao ingerir os oócitos infectantes do protozoário que estão no ambiente logo após os dias de seu nascimento. Depois dessa ingestão, o protozoário se multiplica nas células do intestino delgado (mucosa intestinal), destruindo os enterócitos e prejudicando a absorção do alimento ingerido pelo leitão, levando o animal a uma diarreia persistente de cor amarela a verde, além de outros sinais clínicos como desidratação, anemia, perda de peso e, consequentemente, refugagem, afetando diretamente no desempenho zootécnico da leitegada e imunossuprimindo os animais”.
“Para evitar que os leitões sejam infectados, é necessário ter um bom protocolo de limpeza e desinfecção e executar este com excelência, a fim de eliminar o agente ou sua alta pressão de infecção no ambiente, alinhado ao uso de coccidiano que atua interrompendo o ciclo do protozoário e, por consequência, reduz também a quantidade de oocistos no ambiente”, informou Eduarda.
Manejo
Em relação ao manejo de como deve ser feito desde o parto até a suplementação e a limpeza do local, o produtor e associado da Copagril Leonor Buss e o Gerente da granja Buss de Mercedes, Alexandre Monteiro, explicam que no caso da coccidiose, o barracão é sempre bem desinfetado e os leitões são todos medicados no terceiro dia de vida para que, de forma preventiva, não haja nenhum tipo de infecção.
“Com relação ao ferro, já que nosso leitão não consegue ingerir do leite materno a quantidade necessária e já que ele não nasce com a quantidade suficiente, então nós efetuamos a aplicação direta de ferro para suprir o que ele não consegue ingerir do leite materno e, consequentemente, aumentar o GPD dos leitões e diminuir animais refugos afetados pela doença”, complementou Buss.
Lojas Agropecuárias
As Lojas Agropecuárias Copagril estão com preços e condições especiais para que todo produtor possa garantir o desempenho e o crescimento do seu leitão com o tratamento preventivo contra a falta de ferro e a coccidiose.
Fonte: O Presente Rural