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Economia

Dólar hoje: juros e medo de recessão nos EUA em destaque, com Payroll no radar

Dólar hoje: juros e medo de recessão nos EUA em destaque, com Payroll no radar

Na última quinta-feira, 5 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,22%, cotado a R$ 5,57.

O pregão foi marcado pelos números no mercado de trabalho privado dos Estados Unidos da América (EUA), que registrou números abaixo das projeções, o que aumentou a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião, provável de 0,25% ou 0,5%. A taxa atualmente está na casa dos 5,25% a 5,50%.

Já no Brasil, a taxa de juros pode se manter em 10,5% ou subir 0,25% em 18 de setembro.

O diferencial de juros favorece o real, mas sua valorização é limitada por questões fiscais internas e, externamente, por incertezas relacionadas às eleições nos EUA, crescimento fraco na China e conflitos geopolíticos.

O que esperar da sessão de hoje?

Hoje é dia de divulgação do Payroll, um dado importante para o Fed na definição da política monetária dos EUA.

Se os números do mercado de trabalho forem mais fracos que o esperado, aumentam as chances de cortes mais agressivos nos juros, levando à queda dos rendimentos dos Treasuries e ao enfraquecimento do dólar.

Para o Brasil aproveitar esse cenário externo, é necessário que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) e seus ministros evitem declarações que prejudiquem a credibilidade da política fisca.

Brasil

Nesta sexta-feira (6), o mercado financeiro local observa o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O indicador deve desacelerar para 0,09%, após alta de 0,83% em julho, segundo estimativas.

EUA

Nesta sexta-feira (6), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do relatório Payroll.

O indicador do mercado de trabalho por lá deve servir de medidor para decisão do Federal Reserve (Fed) quanto ao tamanho do primeiro corte do juro por lá.

Depois do relatório ADP revelar a criação de 99 mil vagas no setor privado dos EUA em agosto, abaixo das expectativas dos analistas de 141 mil e após o relatório Jolts também indicar abertura de vagas menor que a esperada, Payroll pode aumentar o medo de recessão na maior economia do mundo, caso siga o mesmo rumo desses indicadores.

Europa

Zona do Euro – O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro cresceu 0,2% no segundo trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, segundo a Eurostat, abaixo da leitura anterior e da previsão de 0,3% dos analistas.

Na comparação anual, o PIB avançou 0,6%, confirmando a estimativa de agosto.

Alemanha – A produção industrial da Alemanha caiu 2,5% em julho ante junho, acima da queda esperada de 0,5%.

Sem a energia e construção, a queda foi de 3,2%, enquanto o setor de construção teve alta de 0,3%.

Em relação ao ano anterior, a produção industrial geral diminuiu 5,3% em julho.