O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, anunciou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva está elaborando o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que visa reclassificar e proibir o uso de agrotóxicos altamente tóxicos no Brasil. O programa tem como objetivo substituir esses defensivos por bioinsumos, produtos de origem vegetal, animal ou microbiana, em parceria com a Embrapa, universidades e empresas do setor.
A proposta do Pronara busca promover um modelo mais sustentável e seguro para o campo, alinhando-se a uma tendência global de redução de insumos químicos na agricultura. Segundo o ministro, o plano é mapear os agrotóxicos mais perigosos e promover a transição para alternativas menos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana.
No entanto, a Câmara dos Deputados já discute um projeto semelhante, de autoria do deputado Zé Vitor (PL-MG), que propõe a regulamentação do uso e produção de bioinsumos por meio do Programa Nacional de Bioinsumos. O deputado argumenta que, apesar dos benefícios dos bioinsumos, a falta de normas claras no Brasil impede que novos produtos sejam introduzidos para melhorar o manejo agrícola.
Zé Vitor também ressaltou que a crescente pressão da Europa sobre o agronegócio brasileiro, especialmente em relação ao uso de defensivos agrícolas, pode impactar os mais pobres. Segundo ele, as restrições europeias resultam em lavouras menos produtivas, o que eleva o custo dos alimentos, afetando diretamente as populações de baixa renda.
O deputado destacou ainda que cerca de 30% das lavouras em algumas regiões do Brasil já utilizam bioinsumos, demonstrando a responsabilidade e a modernidade do produtor rural brasileiro. Ele defende que o uso de bioinsumos torna o controle de pragas e doenças mais eficiente, reduzindo custos e aumentando a produtividade no campo.
Fonte: CNN Brasil