A última semana da primavera no Brasil será marcada por chuvas que avançam gradualmente em direção ao Norte, mas de forma irregular. Segundo a Rural Clima, os modelos indicam instabilidades no Pará e na região do Matopiba, que compreende áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. No Centro-Sul, as chuvas mais intensas devem ocorrer apenas a partir do fim da semana.
Já nesta segunda-feira, a instabilidade começa a se deslocar para o Norte, com precipitações previstas no norte e nordeste de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, boa parte de Mato Grosso, oeste da Bahia e Tocantins. No entanto, os volumes iniciais serão baixos, ganhando força ao longo da semana. A previsão indica chuvas significativas no Maranhão, Piauí, Pará, nordeste de Mato Grosso e Goiás à medida que a instabilidade se intensifica.
O verão terá início no próximo sábado, 21 de dezembro, mas as mudanças no clima já começam na quinta-feira (19/12), com a chegada de uma nova frente fria vinda da Argentina. Essa frente deve provocar chuvas mais intensas na região Sul e, posteriormente, no Centro do país.
Impactos do Ciclone Subtropical Biguá no Rio Grande do Sul
No último fim de semana, o Rio Grande do Sul enfrentou os efeitos do ciclone subtropical Biguá, o primeiro do tipo registrado no estado em dois anos. Ventos de 80 a 100 km/h causaram transtornos em diversas cidades, segundo a MetSul Meteorologia.
Os ciclones subtropicais são menos frequentes do que os extratropicais, geralmente associados a frentes frias e quentes. O Biguá apresentou um núcleo quente em níveis baixos e frio em níveis superiores, tornando-se uma formação atípica.
A tendência é que o ciclone perca força já nesta segunda-feira, com o aumento da pressão atmosférica no centro do fenômeno, diminuindo os impactos sobre o estado.