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Rio Grande do Sul

Governo autoriza ampliação de crédito do BNDES para produtores rurais atingidos por enchentes no RS

Governo autoriza ampliação de crédito do BNDES para produtores rurais atingidos por enchentes no RS

O Ministério da Fazenda publicou, nesta segunda-feira (16), uma portaria que aumenta o limite de crédito da linha de capital de giro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada a produtores rurais e cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul impactados pelas recentes enchentes. O montante autorizado para essa finalidade agora soma até R$ 15 bilhões, parte de um programa emergencial que conta com R$ 20 bilhões provenientes do Fundo Social.

A medida permitirá ao BNDES redirecionar recursos inicialmente planejados para financiamento de investimentos e aquisição de máquinas agrícolas para atender à maior demanda por capital de giro no setor agropecuário. Na última semana, o Tesouro Nacional já havia sinalizado apoio à mudança, com a expectativa de remanejar R$ 2,5 bilhões, incluindo R$ 800 milhões destinados especificamente às cooperativas.

Situação dos recursos e desafios
De acordo com o BNDES, dos R$ 20 bilhões disponibilizados no programa emergencial, cerca de R$ 17,1 bilhões já foram utilizados, sendo R$ 13,5 bilhões na linha de capital de giro — acima do limite anterior de R$ 12,5 bilhões. Com isso, restam aproximadamente R$ 1,5 bilhão para reforçar o crédito aos atingidos pelas enchentes.

Entretanto, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) considera a medida insuficiente:

“O saldo no BNDES é simbólico, mas representa um pequeno avanço. O governo tem feito promessas, mas falha na implementação e no prazo”, afirmou em nota.

Heinze destacou também que está em tramitação uma emenda à Medida Provisória 1227, que pode adicionar R$ 10 bilhões ao programa emergencial. Ele espera que uma nova medida provisória amplie o crédito para atender produtores fora das áreas diretamente afetadas pelas enchentes e aqueles ainda sem acesso ao benefício.

Essa ampliação visa oferecer um alívio financeiro necessário para garantir a recuperação dos produtores e das cooperativas, que desempenham papel essencial na economia do Rio Grande do Sul e do setor agropecuário nacional.