A Portos do Paraná participa da Conferência sobre Mudanças Climáticas, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo terceiro ano consecutivo. A empresa pública paranaense é, mais uma vez, a única autoridade portuária do planeta convidada a palestrar no evento, que ocorre de 6 a 18 de novembro na cidade de Sharm El Sheik, no Egito.
O Paraná é destaque em desenvolvimento sustentável, aliando proteção ao meio ambiente à crescente movimentação de cargas no comércio exterior.
“O reconhecimento mundial ao trabalho realizado no Litoral do Estado é resultado dos investimentos massivos que fazemos na área ambiental. São mais de R$ 68 milhões em recursos para ações de recuperação, proteção e monitoramento dos impactos causados pela atividade portuária no nosso entorno”, explica o diretor-presidente, Luiz Fernando Garcia.
No dia 8, a Portos do Paraná participa do painel “Tecnologia e Transferência Inovadoras: Solução Chave para Ações Climáticas”.
No dia 9, os temas serão “Tornando-se Verde: Setor Privado Sustentável”, “Lidere o Caminho: Estudos de Caso sobre Desenvolvimento Urbano Sustentável” e “Investimento em Comunidades”.
“É uma honra apresentar o trabalho que temos feito desde 2019. Mostra que estamos no rumo certo e reforça nosso posicionamento como referência mundial na área”, conta João Paulo Santana, diretor de Meio Ambiente da empresa pública que fará as palestras no Egito. Ele também participou das conferências nos eventos de 2019, em Madrid (Espanha), e 2021, em Glasgow (Escócia).
“Nesta edição vamos mostrar as ações que atingem os objetivos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e que estão no radar da ONU como exemplo aos demais portos do planeta”, adianta.
Segundo Santana, um dos destaques da apresentação será o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, realizado no município de Antonina. Com apoio de produtores rurais, serão mais de 60 mil mudas de espécies nativas plantadas na região.
Além de ajudar na gestão ambiental, o programa evita o transporte de sedimentos pela chuva para dentro da Baía. Um convênio estabelecido entre a Portos do Paraná e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) vai calcular quantos destes sedimentos deixam de ir para o mar e, então, verificar a possibilidade de reduzir a necessidade de dragagem no canal de navegação.
Outro exemplo é a parceria com os moradores de ilhas da região de Paranaguá. “Vamos mostrar as aulas de bioconstruções de espirais de ervas e fornos de barro, dos sistemas de tratamento de esgotos com zonas de raízes, preservação de nascentes de água com uso do modelo caxambu de proteção e as práticas de treinamento em cultivo e manejo de bambu, realizadas junto com as atividades de educação ambiental”, conta o diretor.
Também será foco da apresentação o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (em andamento) para a construção de uma usina biodigestora de grãos no Porto de Paranaguá, com objetivo de produzir energia elétrica e também biogás.
O Paraná mostrará, ainda, os monitoramentos ambientais executados em terra, no ar e no mar, que colocou o Estado entre os portos brasileiros com maior índice de desenvolvimento ambiental, em 2021, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).